Betty Boop Salva-vidas
Marfinite 13 cm - base 5x5 cm - extras: Pormenores de
pintura, patines, acessórios da base, feltro vermelho.
Seja qual for a roupa que use, Betty Boop mostra-nos sempre
algo do “American way of life”, esse estilo de vida e de ideologia difundido em
todo o mundo pelos meios de comunicação dos Estados Unidos. A heroína criada
nos anos 1930 no atelier dos irmãos Fleischer continua transmitindo, até hoje,
como todas as estrelas de Hollywood, certa ideia da América do Norte, e os seus
variados trajes ilustram as múltiplas facetas de um país com realidades
diferentes. Embora como diva dos palcos ela seja pouco “glamour” a Boop Girl também
pode sujar as mãos de óleo consertando o motor de um carro ou pegar num laço
para domar o gado num rancho do faroeste… Desta vez a vemos como salva-vidas,
responsável pela segurança dos banhistas. Uma imagem tranquilizadora,
popularizada pelo cinema e pela televisão, a ponto de o maiô vermelho de
“vigilante da praia” quase se ter transformado atualmente num símbolo dos
Estados Unidos, assim como o chapéu de cowboy e os hamburguers.
Nasce um estilo
Super-heróis
Como os demais grandes heróis do estúdio nova-iorquino, Betty
Boop deve o seu sucesso à genialidade dos irmão
Fleischer, verdadeiros pioneiros do cinema de animação
principalmente nos anos 1920 e 1930. A partir de 1921, um modesto estúdio de
Nova York assentou as bases do que se transformaria, trinta anos depois, no
modelo de filme “clássico” dos desenhos animados, tanto para os realizadores
pela companhia Warner como para os da MGM. Fundada por Max e Dave Fleischer, a
empresa se impôs graças às suas constantes inovações técnicas. Max, o mais
velho, era um inventor apaixonado cuja maior façanha foi a criação do
rotoscópio, um aparelho que permitia dotar de movimentos humanos os personagens
animados. Esse processo contribuiria para o sucesso do palhaço Koko, a primeira estrela do estúdio.
Diferentemente do que se pensa, os Fleischer também seriam os primeiros a
fazerem desenhos animados sonoros, muito antes de Disney. Além disso, foi na
série “Talkartoons” (jogo de palavras com “talk”, falar e “cartoons” desenhos
animados) que apareceram Bimbo e Betty
Boop. Claro que o estúdio também empreenderia a produção de filmes a cores, o
primeiro deles seria “Pobre Cinderela”, uma aventura de Betty. E quando Disney
triunfou em 1937 com “Branca de Neve e os Sete Anões” a primeira longa-metragem
de animação, os Feischer contra-atacaram com “As Viagens de Gulliver” e “Mister
Bug Goes to Town”.
Super-heróis
Entretanto sem a criatividade as proezas técnicas não são
nada. O que permitiu aos personagens dos Fleischer transformarem-se em lenda
foi sobretudo o seu carisma. Cada série contava com um personagem estrela, cujo
desenho e personalidade eram cuidadosamente trabalhados. No caso de Betty Boop,
o ponto forte era uma mistura de “sex-appeal” e de inocência infantil, tudo com
o fundo musical do Swing. Direcionadas basicamente a um público urbano, a graça
das suas aventuras era absurda e muitas vezes com um toque de humor negro. Por
outro lado, o universo de Popeye era mais “mainstream”: o marinheiro,
Resposta do estúdio à supremacia de Mickey, superaria Betty
Boop em popularidade e ameaçaria seriamente a liderança do ratinho
californiano. Com relação ao Super-Homem, também fez muitíssimo sucesso a
partir de 1941, numa série de dezassete filmes exibidos no cinema.
Infelizmente, os problemas económicos poriam fim, no ano seguinte, à extraordinária
aventura dos estúdios dos irmãos Fleischer.
A Miniatura
Não, você não está a ver um episódio americano de “Os
Vigilantes da Praia”. A moça com o fato de banho vermelho dos salva-vidas
norte-americanos, não é outra senão a senhorita Boop. Tanto nas praias da costa
Leste como nas do Pacífico, Betty é sempre cuidadosa e em qualquer momento está
pronta para se lançar no resgate dos imprudentes banhistas, com a bóia na mão.
E durante as horas, felizmente mais frequentes , nas quais ela não tem que fazer
outra coisa além de vigiar a praia, os seus olhos verdes são protegidos por
óculos de sol que combinam com o maiô. Com uma salva-vidas assim, muitos são os
que gostariam de se jogar na água…
Mary Pickford
Foi a primeira mulher a conseguir um posto de estrela a
âmbito mundial, e durante duas décadas foi a rainha do cinema norte-americano,
no qual esteve à altura de Chaplin. A infância de Mary Pickford foi semelhante
a um melodrama, graças ao qual depois conseguiria um enorme sucesso. Nascida no
dia 9 Abril 1892, em Toronto, numa família de imigrantes anglo-irlandeses, a
menina viveu o abandono do pai, que pouco depois morreu por causa do
alcoolismo. Sua mãe tinha sérios problemas financeiros, mas um dia apareceu a
oportunidade para a filha participar numa peça de teatro. Mary subiu aos palcos
quando tinha sete anos, e logo a seguiram o irmão e a irmã. A família deixou
Toronto para se unir a várias companhias itinerantes dos Estados Unidos. Mary
começou a representar em todo o tipo de lugares, mas o seu sonho era trabalhar
na Broadway. Conseguiu fazê-lo em 1907 e rapidamente foi abrindo caminho no
mundo do teatro, até ao ponto de em 1909, o cineasta
lhe propor um teste.
David Wark Griffit
America’s Sweetheart
Os filmes da época eram muito curtos, motivo pelo qual a
jovem faria várias dezenas deles ao ano. Como os nomes dos atores não
costumavam aparecer nos cartazes, o público começou a chamá-la “a moça dos
cachinhos dourados”. Apesar disso, para Mary o cinema continuava sendo inferior
ao teatro, pelo menos até 1912, ano em que ela voltou aos palcos e percebeu que gostava muito mais das
filmagens. Assim, terminaria dedicando-se exclusivamente a esse entretenimento
que ainda não era considerado uma arte, mas do qual seria a estrela principal.
“Heart Adrift”, de Edwin S. Porter, estreado em 1914 foi um grande sucesso de
bilheteira. Depois haveria outros, que permitiriam a quem já chamavam de
“namorada da América” obter não somente cachês cada vez mais altos, mas também
o controle artístico dos seus filmes, uma novidade em Hollywood.
Uma mulher com cabeça
Buscando ser ainda mais independente, Mary Pickford fundou em 1919 a companhia United Artists, com Griffith, Chaplin e o ator Douglas Fairbanks, com que se casou no ano seguinte, Desde esse momento a estrela se transformou também em produtora e distribuidora dos seus filmes. Entre 1920 e 1927 viveu vários sucessos seguidos, como “Pollyana” ou o pequeno “Lord Fauntleriy”, nos quais sempre interpretava mulheres ingénuas e apaixonadas. Entretanto, no final da década decidiu mudar de imagem e até cortou os seus longos cabelo ondulados, um “drama” que a fez aparecer na primeira página do New York Times. Embora em 1929 tenha recebido um Oscar pelo seu primeiro filme falado, “Coquete” Mary Pickford via como o público se ia afastando pouco a pouco dela. Em 1933 decidiu colocar um ponto final na mais fantástica carreira de atriz que o cinema mudo havia visto.
Buscando ser ainda mais independente, Mary Pickford fundou em 1919 a companhia United Artists, com Griffith, Chaplin e o ator Douglas Fairbanks, com que se casou no ano seguinte, Desde esse momento a estrela se transformou também em produtora e distribuidora dos seus filmes. Entre 1920 e 1927 viveu vários sucessos seguidos, como “Pollyana” ou o pequeno “Lord Fauntleriy”, nos quais sempre interpretava mulheres ingénuas e apaixonadas. Entretanto, no final da década decidiu mudar de imagem e até cortou os seus longos cabelo ondulados, um “drama” que a fez aparecer na primeira página do New York Times. Embora em 1929 tenha recebido um Oscar pelo seu primeiro filme falado, “Coquete” Mary Pickford via como o público se ia afastando pouco a pouco dela. Em 1933 decidiu colocar um ponto final na mais fantástica carreira de atriz que o cinema mudo havia visto.
O edifício Chrysler
Construção “Art Déco” erguida no coração de Manhattan, este
arranha-céus do arquiteto William Van Alen,
continua sendo, oitenta anos depois da sua construção um dos edifícios mais
admirados do mundo. No dia 19 Setembro 1928 foi colocada a primeira pedra de
uma obra que daria muito que falar. O fabricante de automóveis Walter Chrysler
era uma das figuras mais emblemáticas dessa época: não só tinha fundado em 1925
a companhia que levava o seu nome, como também a compra da marca Dodge o tinha
transformado num dos novos gigantes do setor, a ponto de ser chamado de “O
Homem do Ano” pela revista Times. Além disso, a construção desse edifício, que
devia mostrar a todo o omundo o seu incrível sucesso, foi feita a título
pessoal, e não para a sua sociedade com sede em Detroit.
Águias
em Manhattan
O arquiteto William Van Alen, encarregado desse projeto
titânico projetou um elegante edifício “Art Deco”, uma corrente artística e
arquitetónica utilizada nessa época na maioria dos edifícios nova-ioquinos. Os
principais materiais utilizados eram o mármore o aço(mais de 20.000 toneladas
só para a estrutura). Com o objetivo de destacar o vínculo do imóvel com a
marca Chrysler, Van Alen criou inovadoras gárgulas: de facto tratava-se de
águias de aço inspiradas nas que decoravam nessa época os carros da empresa.
Situada na confluência da Rua 42 com a Lexington Avenue, a obra logo atraiu a
curiosidade dos meios de comunicação. Embora as técnicas de construção ainda
fossem rudimentares, o edifício ia se erguendo a um ritmo espetacular, crescendo numa média
de quatro andares por semana. Uma vertiginosa ascenção.
Contudo, mais espetacular ainda foi a batalha entre o
arquiteto e um dos seus colegas, H. Craig Severance.
Esse antigo sócio de Van Alen estava construindo ao mesmo tempo outro edifício
no bairro, o 40 Walll Street (atualmente edifício Trump). Como Severance se dedicava
a proclamar aos quatro ventos que o seu imóvel de 282 metros seria o mais alto
do mundo, Van Alen decidiu dar a mesma altura ao edifício Chrysler. Então
Severance respondeu acrescentando dois andares ao 40 Wall Street. Lógico que
Van Alen tinha uma carta na manga: uma agulha de aço inoxidável de sessenta
metros, que acabaria transformando o edifício Chrysler, no momento da sua
inauguração, dia 28 Maio 1930, no imóvel mais alto do mundo. Nasceu então a polémica,
já que Severance insistia que o importante era a altura do último andar dos
edifícios, não da agulha. Entretanto, a conclusão da construção do Empire State um ano depois, que alcançaria os 381
metros, poria fim definitivamente ao debate.
JJ fotos
SALVAT
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