16 abril 2013

Antigos Cinemas de Lisboa


Cinemas de Lisboa já desaparecidos.
 
Para quem se lembrar...é impossível ficar indiferente...
QUE BOM REVER ESTAS FOTOTOS!!!
 Foram referências que também marcaram a personalidade de pelo menos duas gerações, a esmagadora maioria deles já desaparecidos, salvo um ou dois, mas remodelados!!…
 
 
Gentileza da amiga Julieta R.
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15 abril 2013

Bombeiros do Mundo

Renault R 2087 N 4x4 1954
Bombeiros de Fontaines - França
 
Comp. 4,81 m - larg. 1,98 m - alt. 2,45 m - carga máxima 750 kg - carretel móvel com 200 m mangueira - 100 m de mangueira de 70 mm - 120 m de mangueira de 45 mm - 1 bomba - escada telescópica grande - viatura adquirida em 1986, doação do Ministére des Armées.

metal 1:50-11 cm base 8x15 cm - extras: Pormenores pintura, base técnica

Os bombeiros de Fontaines dispõem de uma camioneta anti-incêndio como complemento ao autotanque para incêndios florestais de pequenas dimensões, que também serve como viatura de primeiros socorros em meios rurais.
 O grande sucesso deste tipo de veículo entre os bombeiros não foi o facto de ser um veículo todo-terreno, mas, em geral, o seu preço acessível. Assim como ocorreu com veículos GMC, Dodge e outras viaturas militares, os Renault sobre chassi 4x4 invadiram um mercado secundário, o dos automóveis de combate a incêndios. Os mais interessados nesse tipo de viatura eram principalmente os corpos de bombeiros de municípios rurais.
 Uma alternativa aos veículos norte-americanos
Com o fim da Segunda Guerra Mundial, um número considerável de veículos do exército norte-americano foi mantido nas bases reconstituídas do exército francês. No entanto, durante a Guerra Fria, o facto de o exército francês não dispor de chassis nacionais causava certo incómodo político. Certamente, a independência logística do país não estava em risco, mas os franceses preferiram adotar uma postura mais prudente. Para responder à demanda e por solicitação dos militares, a Renault adaptou um veículo utilitário que pudesse atender as numerosas unidades especializadas. Assim, a partir de 1950, o modelo R 2087 converteu-se num chassi todo-terreno, ficando mais conhecido como Renault 1.000 kg por causa da sua carga útil. Contudo, essa conversão em veículo capaz de superar obstáculos, adaptado às missões militares, obrigou os engenheiros da Renault a reduzir a carga útil num quarto, passando a 750 kg. Esse pequeno 4x4 foi produzido em duas versões de cabine: uma aberta com lona e outra fechada.
Um veículo versátil
Utilizado durante todo o ano para diferentes serviços e operações, este veículo passou por algumas modificações. Primeiramente, foi montada uma estrutura para as escadas telescópicas; um suporte foi adaptado no chassi, rematado por uma sirene de luzes azuis. O gancho do reboque permite acoplar a motobomba Guinard e, na parte posterior, sob a pesada lona verde ou castanha, são mantidos diferentes equipamentos de combate a incêndios e algumas mangueiras. Um dispositivo permite montar um carretel móvel de bobina para alimentar a motobomba ou o autotanque para incêndios florestais CCF leve (citerne pour feu de forêt) em caso de missões de combate a incêndios nos arredores.
No entanto, este veículo utilitário continua a ser utilizado como um meio de transporte para o pessoal. As portas possuem a inscrição “CPI Fontaines” pintada de maneira bastante simples com moldes de letras, revelando, de certa maneira, os poucos recursos dessa unidade operacional ou então de grande economia. A resistência e a versatilidade deste veículo também estão em consonância com corpos de bombeiros dessa região, inclusive em tempos mais recentes.
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Bombeiros do Mundo

Dodge WCT 1/2 Command Car 1942
Bombeiros de França
motor T214 de 6 cilindros, 3772 cc 4x4 - 92 cv a 3200 rpm - autonomia 380 km - v.máx. 87 kmh - 2443 kg - depº água 800 L - produção total, cerca de 27 000 unidades (entre 1942-1944) - comp. 4,46 m - larg. 2 m - alt. 1,71 m-2,07 m com capota - altª desde o solo 27 cm - distância entre rodas 2,49 m - 5 marchas (desmultiplicadas) caixa de câmbio de duas velocidades - depº combustível 136 L - motobomba 6 m3/h.
 
metal, escala 1:43-10 cm - base 8x15 cm - extras: Pintura interiores, matrículas, capota mate.
 
Robusto e confortável, o Command Car WCT 1/2  revelou-se ser um veículo auxiliar muito eficaz para os serviços de combate a incêndios.
Durante a Segunda Guerra Mundial, o Dodge demonstrou toda a sua potência junto dos veículos da Ford e da General Motors e do célebre Jeep, percorrendo diferentes cenários como os campos de batalha da Normandia, as ilhas do Pacífico, os desertos africanos e o front russo. Os bombeiros militares já conheciam as extraordinárias características de resistência e confiabilidade desses veículos utilizados nas condições mais extremas.
Por isso, sempre procuraram dotar os seus centros operacionais com essas viaturas para o combate dos frequentes incêndios causados pela guerra. Para os bombeiros, os modelos Dodge Power Wagon e General Motors CCKW 353 consagraram-se pelas suas características extraordinárias, mas o Dodge WCT, mais conhecido como Command Car, foi perfeitamente integrado aos meios de combate a incêndios. Concebido para as missões militares de reconhecimento, esse veículo foi utilizado como viatura de ligação e de transporte de oficiais pela maioria das unidades combatentes norte-americanas e aliadas durante a Segunda Guerra Mundial. Com a sua cobertura de lona, o Command Car podia acomodar até cinco passageiros sentados. Esse veículo 4x4 tinha carroceria metálica com portas laterais removíveis. Dotado de um câmbio de quatro marchas e um sistema de travões hidráulico.
Na adaptação em autotanque florestal de porte médio, o WCT recebeu um reservatório de água com capacidade para 800 L que alimentava uma motobomba de 6m3/h, idêntica à dos Jeep. Na França, o departamento de Haute-Savoie equipou os seus Command Car com motobombas fixas especiais com vazão de 30 m3/h. O exército tendia a padronizar a maior parte dos seus equipamentos, mas os corpos de bombeiros adaptaram os seus veículos às necessidades específicas das suas missões e às particularidades de cada região.
O maciço dos Vosges, por exemplo, é completamente diferente da cadeia dos Pirinéus ou dos Alpes e os veículos de socorro devem estar preparados para atuar de forma adequada. O fabricante francês de carrocerias Guinard possibilitou a numerosos corpos de bombeiros equipar esses veículos conforme as necessidades das intervenções mais frequentes. Embora tenha perdido a liderança nos campos de batalha para os Jeep, que tinham melhor manobrabilidade, o Command Car conquistou os bombeiros pelas suas dimensões ideais.
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Viaturas de Bombeiros de todo o mundo
DODGE - RENAULT - HYUNDAI - SCANIA



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13 abril 2013

Uma Mulher Chamada Guitarra

Uma Mulher Chamada Guitarra
 Vinicius de Moraes

 UM DIA, casualmente, eu disse a um amigo que a guitarra, ou violão, era "a música em forma de mulher". A frase o encantou e ele a andou espalhando como se ela constituísse o que os franceses chamam um mot d'esprit. Pesa-me ponderar que ela não quer ser nada disso; é, melhor, a pura verdade dos fatos.

0 violão é não só a música (com todas as suas possibilidades orquestrais latentes) em forma de mulher, como, de todos os instrumentos musicais que se inspiram na forma feminina — viola, violino, bandolim, violoncelo, contrabaixo — o único que representa a mulher ideal: nem grande, nem pequena; de pescoço alongado, ombros redondos e suaves, cintura fina e ancas plenas; cultivada, mas sem jactância; relutante em exibir-se, a não ser pela mão daquele a quem ama; atenta e obediente ao seu amado, mas sem perda de caráter e dignidade; e, na intimidade, terna, sábia e apaixonada. Há mulheres-violino, mulheres-violoncelo e até mulheres-contrabaixo.

Mas como recusam-se a estabelecer aquela íntima relação que o violão oferece; como negam-se a se deixar cantar, preferindo tornar-se objeto de solos ou partes orquestrais; como respondem mal ao contato dos dedos para se deixar vibrar, em benefício de agentes excitantes como arcos e palhetas, serão sempre preteridas, no final, pelas mulheres-violão, que um homem pode, sempre que quer, ter carinhosamente em seus braços e com ela passar horas de maravilhoso isolamento, sem necessidade, seja de tê-la em posições pouco cristãs, como acontece com os violoncelos, seja de estar obrigatoriamente de pé diante delas, como se dá com os contrabaixos.

Mesmo uma mulher-bandolim (vale dizer: um bandolim), se não encontrar um Jacob pela frente, está roubada. Sua voz é por demais estrídula para que se a suporte além de meia hora. E é nisso que a guitarra, ou violão (vale dizer: a mulher-violão), leva todas as vantagens. Nas mãos de um Segovia, de um Barrios, de um Sanz de la Mazza, de um Bonfá, de um Baden Powell, pode brilhar tão bem em sociedade quanto um violino nas mãos de um Oistrakh ou um violoncelo nas mãos de um Casals. Enquanto que aqueles instrumentos dificilmente poderão atingir a pungência ou a bossa peculiares que um violão pode ter, quer tocado canhestramente por um Jayme Ovalle ou um Manuel Bandeira, quer "passado na cara" por um João Gilberto ou mesmo o crioulo Zé-com-Fome, da Favela do Esqueleto.

Divino, delicioso instrumento que se casa tão bem com o amor e tudo o que, nos instantes mais belos da natureza, induz ao maravilhoso abandono! E não é à toa que um dos seus mais antigos ascendentes se chama viola d'amore, como a prenunciar o doce fenômeno de tantos corações diariamente feridos pelo melodioso acento de suas cordas... Até na maneira de ser tocado — contra o peito — lembra a mulher que se aninha nos braços do seu amado e, sem dizer-lhe nada, parece suplicar com beijos e carinhos que ele a tome toda, faça-a vibrar no mais fundo de si mesma, e a ame acima de tudo, pois do contrário ela não poderá ser nunca totalmente sua.

Ponha-se num céu alto uma Lua tranqüila. Pede ela um contrabaixo? Nunca! Um violoncelo? Talvez, mas só se por trás dele houvesse um Casals. Um bandolim? Nem por sombra! Um bandolim, com seus tremolos, lhe perturbaria o luminoso êxtase. E o que pede então (direis) uma Lua tranqüila num céu alto? E eu vos responderei; um violão. Pois dentre os instrumentos musicais criados pela mão do homem, só o violão é capaz de ouvir e de entender a Lua.
 
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12 abril 2013

SU-122 1942 URSS

SU-122  1942 URSS
Regimento de Artilharia Autopropulsada
Frente de Briansk - Kursk 1943

 30,9 ton - 4 tripulantes - comp. 6,95 m - alt. 2,32 m - larg. 3 m - motor V-2 Diesel de 12 cilindros, 500 cv às 1800 rpm - depósito 800 L - v.máx. estrada 55 kmh, mato 35 kmh - autonomia estrada 300 km, mato 180 km - peça M-30S de 122 mm - Blindagem máx. dianteira do casco 45 mm.

O blindado está pintado da cor verde característica do Exército Vermelho, com um esquema de camuflagem à base de faixas cor de areia. Não se distinguem nem símbolos nem códigos táticos, mas o nome “Frunze” - em referência a um herói da Revolução Bolchevique e à prestigiada academia militar homónima - está inscrito a branco, em cirílico, dos dois laterais da casamata.

 metal, escala 1:72-10 cm - base 8x17 cm  extras: Diorama, acessórios, soldado, base técnica

 As peças de assalto em chassis de T-34
Durante a Segunda Guerra Mundial, o Exército Soviético preparou várias peças autopropulsadas para dar apoio às unidades de infantaria, utilizando carros de combate já ao serviço. No caso do blindado aqui evocado, trata-se do chassis do carro médio T-34. O Exército Soviético solicitou aos diversos gabinetes de estudo que concebessem peças de assalto semelhantes às utilizadas com sucesso pelo exército alemão. Foi assim que, em Novembro 1942 o primeiro protótipo do futuro SU-122 saiu de fábrica. As primeiras peças de assalto foram entregues a novas unidades, que poderíamos qualificar de experimentais, mesmo que a sua criação se devesse à necessidade de mobilizar o mais rapidamente possível meios de combate nos teatros de operações, Trata-se de regimentos de artilharia mecanizada, unidades mistas que combinavam duas baterias de SU-122 e mais quatro de SU-76. Os 1433º e 1434º Regimentos, constituídos em Janeiro de 1943 foram enviados quase de imediato para a frente de Volkhov no seio do 54º Exército. Conheceram o seu batismo de fogo em Smierdny e depois participaram na libertação de Leninegrado. Dois meses mais tarde, duas novas unidades semelhantes, os 1485º e 1487º Regimentos, seriam empenhados no sector central do teatro de operações.
No entanto, estas unidades não conheceram o sucesso esperado. O fundamentado conceito da artilharia mecanizada não foi o motivo desse fracasso, mas as dificuldades inerentes à presença de dois veículos tão diferentes haviam-se revelado intransponíveis. Além dos problemas ligados à sua manutenção, estes dois engenhos tinham características e  desempenhos muito diferentes. Assim, o SU-122 era mais manobrável e mais rápido do que o SU-76 - um veículo baseado no chassis do carro de combate ligeiro T-70 e pouco fiável devido a vários problemas de transmissão. Foi a razão pela qual o Estado-Maior decidiu criar em Maio dois novos tipos de unidades: regimentos de artilharia mecanizada, ligeiros e médios, tendo os SU-122 sido entregues a estes últimos. Estas peças autopropulsadas participaram na batalha de Kursk, onde demonstraram a sua eficácia contra posições fortificadas e bunkers. Dispunha de facto de uma excelente blindagem que permitia aos condutores de tanques lançarem ataques sem recearem a ameaça das armas ligeiras, ou das granadas. Estes engenhos disparavam na maior parte das vezes granadas explosivas, nomeadamente a granada OF-462 cuja explosão gerava milhares de fragmentos num raio de 30 m. O seu alcance era de 11 700 m.
 
 A tática utilizada era a seguinte: as peças de assalto avançavam a pouca distância atrás dos carros de combate (400 a 600 m) os quais tinham por missão destruir os carros de combate inimigos, ao passo que os SU-122 eliminavam a resistência trazida pelas posições fortificadas. Este sistema fora adotado devido à escassa capacidade anticarro das peças autopropulsadas, devida às características da peça de artilharia da qual estavam equipados, nomeadamente no seu sector de tiro lateral, muito limitado. Além                       disso a granada explosiva utilizada revelou-se menos eficaz do que previsto contra as blindagens alemãs, exceto a pouca distância. Para resolver este problema, o engenho foi dotado em 1943 da nova granada perfurante de carga oca BP-460A. Esta granada de 13,2 kg tinha uma velocidade inicial de 550 m/s e podia perfurar uma blindagem de 160 mm de aço homogéneo a 1500 m de distância.

Ao todo, do SU-122 foram produzidos 1150 exemplares: 27 em 1942 (outras fontes indicam 25 unidades) 630 em 1943 e 493 em 1944. A sua produção foi abandonada em favor do SU-152, um veículo armado com a peça M-1937 de 152 mm, claramente mais potente. O exército alemão apoderou-se de um reduzido número de SU-122 que pôs ao serviço na frente de Leste (setores Centro e Sul) logo que conseguiu pô-los em condições para avançarem. Nenhuma unidade específica foi criada para receber estes engenhos.
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Altaya
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Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.
Fernando Pessoa
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Motos Crash

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Rallye Cars Mini

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metal, escala 1:57- 7 cm   extras: Dioramas




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07 abril 2013

Volta teu rosto sempre na direção do sol, e então, as sombras ficarão para trás.
 sabedoria oriental
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Betty Boop - Surfista

Betty Boop
Surfista
Marfinite 14 cm - extras: Pormenores de pintura, acessórios da base, feltro vermelho.
Atualmente podemos considerar com clareza que os anos 1930 foram um período de grande pudor nos Estados Unidos. Contudo, num país com tantos contrastes, nada é tão simples, embora seja verdade que os defensores da moral e dos bons costumes exerciam na época uma grande influência sobre a vida quotidiana dos norte-americanos, e em particular nas pequenas cidades. Foi em 1934 que o famoso Código Hays, que havia vários anos se tentava aplicar, acabou entrando em vigor na produção cinematográfica. Betty também seria vítima dele, e o comprimento do seu vestido aumentaria bastante durante aquela década. Mas o seu sex appeal e os subentendidos dos seus desenhos não desapareceram de jeito nenhum. A resposta a qualquer tipo de censura é sempre uma reação subversiva relativamente camuflada, e os filmes de Betty Boop foram algumas das produções artísticas nas quais o erotismo se manteve, assim como permaneceria nas canções com duplo sentido de Cole Porter, de quem falaremos a seguir.
 
Dave Fleischer
Apesar de ser menos conhecido que seu irmão Max, esse desenhador participou igualmente da criação de todos os grandes heróis do estúdio, de Koko a Super-Homem, passando por Popeye e Betty Boop. Dave Fleischer nasceu no dia 14 de Julho de 1894, em Nova York, Criado numa família de imigrantes polacos, desde a infância compartilhou com Max, seu irmão mais velho, a paixão pelo cinematógrafo, esse novo divertimento que atraía as massas. Por isso, Dave conseguiu ser contratado aos 20 anos pela sede nova-iorquina da poderosa firma Pathé. Porém, os irmãos Fleischer eram ambiciosos e não demoraram a criar o seu próprio estúdio para se lançarem à aventura da animação. De facto, são eles os criadores de uma invenção revolucionária: o Rotoscópio!
Essa máquina permitia gravar os movimentos humanos para os transformar depois em imagens animadas. Foi o próprio Dave que emprestou a sua silhueta à primeira estrela do estúdio, o palhaço Koko. O procedimento permitia dar um realismo surpreendente aos movimentos do personagem (Walt Disney o usaria mais tarde para animar o filme “Branca de Neve e os sete anões”).

Altos e baixos
Enquanto Max se ocupava de toda a parte comercial, Dave era o responsável pela parte artística: ótimo desenhador, fez centenas de desenhos animados e também supervisionava os dos outros animadores. Dave Fleischer decidira assim o destino de heróis como Koko, Betty e Popeye. Super-Homem”, Alfred Hitchcock em “Os Pássaros”. No final dos anos 1960, Dave Fleischer mudou-se para Woodland Hills, na Califórnia para desfrutar de uma merecida reforma. O pioneiro da animação morreria de um ataque cardíaco em Junho de 1979.
que faria um grande sucesso. Contudo, devido às numerosas discussões com o irmão Max, Dave Fleischer logo deixou a companhia. Foi então contratado pela Columbia, e depois pelos estúdios Universal, onde trabalharia como diretor de efeitos especiais. Especificamente, foi nessa época que colaborou com
Participou também de duas longa-metragens do estúdio, “As viagens de Gulliver” e “Mister Bug Goes to Town” estreados respectivamente em 1939 e 1941. Também em 1941, a Paramount (que acabava de comprar o estúdio Fleischer) confiou a Dave a adaptação dos quadradinhos do “
A miniatura
Já chegou o Verão, e Betty vai sair da sufocante cidade para aproveitar os prazeres da praia. Para isso, o seu armário se reduz ao mínimo: a roupa de banho! Mas não de qualquer estilo. Porque para alguém que se chama Miss Boop, não existe a opção de usar um casto maiô. Só um biquini de cores contrastantes poderia realçar a sua silhueta. Para lhe dar um toque de malícia, um flor tropical presa no cabelo, combinando com o biquini, fica perfeita. E como Betty não gosta só de tomar sol como se fosse um lagarto, já conseguiu uma prancha de surf para dominar as ondas.
 
Vampiresas na tela
Veronica Lake
Mais sofisticada que Betty Grable e menos sensual que Rita Hayworth,a estrela de “A Dália Azul” foi uma das grandes Sex symbols dos anos 1940. Dona de uma carreira meteórica. Com o nome verdadeiro de Constance Ockelman, a atriz dos famosos cabelos louros nasceu em 14 Novembro 1922 no Brooklyn, em Nova York. O seu pai, que trabalhava numa empresa petrolífera, morreu numa explosão quando ela tinha 10 anos. Sua mãe voltou a casar e mudou-se para Los Angeles, onde matriculou a filha em aulas de teatro. A adolescente logo seria apresentada a um produtor da Paramount, que a rebatizaria com o nome de Veronica Lake. A principiante destacava-se pelos cabelos louros que cobriam o seu olho direito e lhe davam um ar de mistério. Obteve os seus primeiros papéis em 1940, e nesse mesmo ano casou-se com um diretor artístico de Ray Milland e William Holden, catorze anos mais velho que ela, com quem teria uma filha. Em 1941 obteve um segundo papel em “Revoada das Águias (I Wantec Wing, Mitchell Leisen) filme que roubou o protagonismo dos seus companheiros
e graças a isso foi destaque nos cartazes da comédia “Contrastes Humanos (Sullivan’s Travels, Preston Sturges, 1941). O seu grande ano foi 1942, com vários sucessos. Eddie Bracken seu companheiro no filme “Coqueteil de Estrelas”, diria sobre ela: “É chamada de “A Raposa” e merece esse título...”
Uma dama misteriosa
Além da sua aparência, Verónica tinha um temperamento forte, e tirou a licença de piloto para voar de Los Angeles a Nova York! Entretanto, a sua personalidade difícil começava a criar problemas para o estúdio. Em 1943, depois de um acidente, deu à luz prematuramente um bébe que faleceu uma semana depois. O casamento não sobreviveu à desgraça e a atriz começou a ter problemas com as bebidas. Contudo, em 1946 filmou “A Dália Azul” grande clássico do cinema policial, e mais tarde trabalhou sendo dirigída pelo seu segundo marido, André De Toth, com quem teve dois filhos. Porém, em 1948 a Paramount decidiu não renovar o seu contrato, o que foi o início de uma descida ao inferno.
Verónica deixou de representar, divorciou-se e casou-se novamente com o libretista Joseph McCarthy, de quem se divorciaria também quatro anos depois. Detida várias vezes por estar embriagada, a atriz foi reconhecida um dia por um jornalista num hotel: embora a princípio tenha afirmado ser uma cliente, acabou admitindo que trabalhava ali como empregada. A história a levou aos estúdios de televisão, onde fez pequenos papéis. Contudo, a sua saúde estava piorando. Verónica apareceu pela última vez em 1970, num filme de vampiros, antes de publicar as suas memórias. depois de se casar novamente, com um capitão inglês, voltou aos Estados Unidos para se tentar curar. Mas faleceu vítima de uma hepatite, no dia 7 de Julho de 1973, com 53 anos.
 
Os anos 1930 nos Estados Unidos
Cole Porter
Com o seu elegante e irônico estilo, o compositor de “My Heart Belongs to Daddy” ofereceu durante os anos 1930 espetáculos que se transformaram em lendários na história da Broadway. Quando pensamos na carreira de Cole Porter, é difícil imaginar que esse príncipe da Broadway tenha saído de uma família Batista de Indiana. E, contudo, foi na cidade de Peru onde nasceu o compositor, no dia 9 de Junho de 1891. A sua família tinha posses, e se dizia que seu avô era o homem mais rico do estado. Quando era criança, Cole foi empurrado para a música por sua mãe: recebeu aulas de violino desde os 6 anos e escreveu a sua primeira opereta aos 10!! Assim que se formou por Yale, o jovem iniciou estudos de Direito em Harvard, atendendo ao pedido do avô, mas, secretamente, mudou para a área da música. Em 1915 conseguiu colocar uma das suas canções na Broadway, e no ano seguinte montou o seu primeiro espetáculo musical, que por azar foi um fracasso.
 
Cole foi então para a Europa, onde viveria comodamente em Paris e Veneza. Embora fosse homossexual, casou-se em 1919 com uma rica divorciada, Linda Thomas,
que também recebeu benefícios pelo casamento de fachada. Entre uma festa e outra,
Cole ainda encontrava tempo para compor, e terminou voltando a tentar triunfar na Broadway, em 1928, com o espetáculo “Paris”. Desta vez conseguiu fazer sucesso, confirmado pelo de suas obras seguintes. Em 1930, Cole Porter era o novo criador favorito dos musicais nova-iorquinos. O músico e compositor também era muito solicitado em Hollywood, onde colaborou em muitos filmes, como “Rosalie”. Apesar do grave acidente de cavalo que sofreu em 1937, continuou a sua brilhante carreira na Broadway, especialmente com o espetáculo “Du Barry Was a Lady” que encerrou a década fazendo um grande sucesso. Contudo, Porter não pararia nesse momento: continuaria até final dos anos 1950, compondo para a Broadway e para Hollywood. Até à sua morte seria o compositor norte-americano mais aplaudido. Suas magníficas composições são belos clássicos, ouvidos com deleite ainda hoje.
 
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