Betty Boop Chef de Cozinha
Marfinite 15 cm, base 5x5 cm extras: Pormenores de pintura, patines,
acessórios da base, feltro vermelho.
Esta Betty Boop leva-nos a
descobrir um mundo que ela conhece bem: o do cinema norte-americano dos anos
1930. A criação dos estúdios Fleischer havia-se transformado, em 1932, numa das
estrelas da Paramount, empresa que distribuía os seus filmes de animação nos
Estados Unidos inteiros. Nesse momento, a Boop Girl tinha várias rivais de
carne e osso dentro do estúdio, mas nenhuma delas conseguiria alcançar o seu
nível de popularidade ao longo da década. E muito poucas são as que desfrutam
atualmente do culto existente a essa morena de grandes olhos e risco ao meio…De
1932 a 1939, a senhorita Boop foi uma diva das telas do cinema, e cada uma das
suas aventuras deixava encantados os espectadores que iam às salas escuras de
cinema para esquecerem as dificuldades da Grande
Depressão de 1932. Apesar disso,
existiam dois obstáculos bem conhecidos por muitas estrelas, e dos quais Betty
também não estaria livre. Tratava-se da censura, que faria menos atraentes as
suas roupas, e a concorrência com dois grandes rivais: Popeye e Mickey Mouse,
cujo sucesso acabaria eclipsando-a.
A Paramount
Nos anos 1930, a empresa da
“montanha gelada” não se resignava apenas em distribuir os filmes animados
Betty Boop dos estúdios Fleischer: graças a um elenco de estrelas, dominava
perfeitamente a indústria do cinema norte-americano. Fundada em 1912 por Adolph Zukor, a Paramount é o estúdio mais antigo
de Hollywood. O seu logotipo, conhecido no mundo inteiro, representa uma
montanha gelada, rodeada de estrelas, que simbolizavam os artistas da
companhia. Desde o começo, Zukor concentrou-se em atrair atores famosos para
garantir o sucesso dos seus filmes, demonstrando ser um pioneiro do star
system. Da mesma forma, o produtor entendeu que não era necessário dedicar-se a
um único género: drama, comédia, romance… A Paramount tinha filmes para todos
os gostos. Depois de superar com sucesso a transição para o cinema falado, o
estúdio transformou-se no começo dos anos 1930 no mais poderoso do mercado
norte-americano, porque, além de produzir filmes, Zukor garantia a distribuição
deles em cinemas independentes e também dentro da sua própria rede de salas.
Essa concentração acarretaria para a companhia problemas com o governo, por
causa da “lei antitruste” que regulamentava a competição de mercado.
Turbulências
O ano de 1930 marcou nos Estados
Unidos o começo das carreiras de dois artistas que, a pedido da Paramount, chegavam
da Europa para serem transformados em estrelas: Marlene
Dietrich e Maurice Chevalier.
A primeira transformou-se no arquétipo da mulher fatal, em filmes como
“Marrocos”. E o segundo deixou as mulheres loucas com as suas comédias
musicais, como “Ama-me esta noite”. Além disso, o amor e uma pitada de erotismo passariam a ser uma especialidade do estúdio: a devoradora de homens Mae West utilizava abundantes duplos sentidos de tema sexual em “Eu não sou nenhum anjo” e Claudette Colbert mostrou os seios em Cleópatra. Era demais para as ligas defensoras da virtude, que diante desses excessos obtiveram o apoio do Código Hays em 1934. Uma censura que, junto com a crise económica, quase provocou a queda da Paramount em 1935. Entretanto, Zukor conseguiu salvar os estúdios, que recuperaria o equilíbrio graças ao sucesso dos filmes do grande realizador Cecil B. DeMille e das animações dos irmãos Fleischer com Betty Boop e Popeye.
Vampiresas
na tela
Dorothy
Malone
De pin-up no começo da carreira a
mãe de família em “ A Caldeira do diabo” a atriz soube abrir caminho dentro da
indústria de Hollywood e ganhou até um Oscar. Dorothy Eloise Maloney nasce a 30
Janeiro 1925 em Chicago, embora tenha crescido em Dallas. A jovem logo começou
a pousar para fotografias publicitárias e a representar em todas as peças da
escola. Foi assim que um caça-talentos da RKO a descobriu aos 18 anos.
Seguindo-o até Hollywood, Dorothy teve que se conformar no princípio com papéis
tão modestos que não levavam o seu nome para os créditos do filme. Entretanto,
em 1945 deixou a RKO e foi para a Warner, onde recebeu propostas para papéis de
maior relevância. A jovem atriz diminuiu o seu sobrenome, transformando-o em
Malone, e destacou-se em “À Beira do Abismo”, no qual representava uma
vendedora de livros que seduzia Humprey Bogart.
Vida privada
A carreira de Dorothy Malone
atingiu o seu apogeu no final dos anos 1950. Também nessa época casou-se com o
ator Jacques Bergerac, recém divorciado
de Ginger Rogers (o casal teria duas
filhas e se separaria em 1964). Às vezes sensual e, em outras, “mulher
guerreira” a atriz enfrentou as estrelas masculinas mais importantes daquele
momento. Apesar disso, durante a década seguinte, trabalharia principalmente na
televisão, com destaque para a série de sucesso “A Caldeira do Diabo”. Dorothy
voltou a casar-se e se divorciou duas vezes, continuaria sendo um rosto
conhecido na TV e no cinema nos anos 1970 e 1980. Em 1992, Paul Verhoeven
ofereceu-lhe o seu último papel “Instinto Selvagem”, a amiga de Catherine,
acusada de assassinar toda a família. Depois disso, a atriz voltaria a Dallas,
cidade onde passou a infância, para viver uma tranquila reforma.
Os
anos 1930 nos estados Unidos
O
massacre de Kansas City - http://youtu.be/_cv8Hu32BCE
O episódio mais sangrento da luta
do FBI contra o sindicato do crime aconteceu em 1933. Oitenta anos depois, as
circunstâncias do evento continuam apaixonando os historiadores. No dia 17
Junho 1933 um criminoso chamado Frank Nash
teve de ser acompanhado à penitenciária de Leavenworth, da qual tinha escapado
três anos antes. Quando souberam que o seu cúmplice devia passar pos Kansas
City, os cabeças da quadrilha decidiram ajudá-lo a fugir. De acordo com a
investigação feita mais tarde pelo FBI, confiaram essa tarefa ao mafioso Vernon Miller, que procuraria ajuda de dois
companheiros: Charles Arthur Floyd d 29
anos, assaltante de bancos que a imprensa conhecia pelo apelido de “Pretty Bad
Boy”; e Adam Richetti de 23 anos, também
famoso pelos seus numerosos assaltos. Ambos eram fugitivos nessa época, mas se
uniram a Miller em Kansas City, não sem antes sequestrar brevemente durante a
viagem um xerife curioso demais.
Alvorecer fatal
Na manhã do dia 17 Junho, os três
malfeitores estavam bem cedo diante da Union Railway Station, a estação de
Kansas City. Frank Nash chegou na hora prevista, escoltado por três guardas.
Dois dos agentes do FBI os esperavam na plataforma, junto com dois policias. Ao
sair da estação, o grupo dirigiu-se a um Chevrolet no qual colocaram Frank Nash
com três agentes. Mas de repente ouviram-se alguns tiros: o motorista que se
preparava para entrar no carro morreu no mesmo instante, assim como dois dos
seus colegas que estavam fora do veículo. Um agente do FBI foi ferido no braço e
jogou-se no chão. Dentro do carro, dois policias tinham conseguido deitar sobre
os assentos, mas um terceiro morreu, assim como Frank Nash. Então os três
pistoleiros fugiram, perseguidos pelas balas de um policia que tinha saído da
estação. Segundo os sobreviventes, tudo aconteceu em menos de trinta segundos.
Erro da justiça?
Depois dessas mortes, o diretor
do FBI Edgar Hoover, tinha de dar um golpe duro. Vernon Miller, localizado em
Chicago, fugiu dos agentes em Outubro, mas foi encontrado no mês seguinte,
estrangulado num lixão. Com relação a Floyd e Richetti, desapareceram sem
deixar rastos durante mais de uma ano, mas foram descobertos numa pequena
cidade de Ohio, no dia 20 Outubro 1934. Nesse dia Richetti foi preso, porém
Floyd conseguiu fugir. Este seria executado dois dias mais tarde pelo FBI, em
circunstâncias que suscitaram controvérsia. Também criaria polémica a
verdadeira identidade dos cúmplices de Miller, que segundo alguns historiadores
não seriam Floyd e Richetti (que por outro lado teria sido executado em 1938).
De facto, nenhum deles havia matado por dinheiro antes, e ambos negaram sempre
qualquer relação com o massacre de Kansas City…
SALVAT
Google
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