05 agosto 2013

Betty Boop Chef de Cozinha

Betty Boop Chef de Cozinha
Marfinite 15 cm, base 5x5 cm   extras: Pormenores de pintura, patines, acessórios da base, feltro vermelho.
Esta Betty Boop leva-nos a descobrir um mundo que ela conhece bem: o do cinema norte-americano dos anos 1930. A criação dos estúdios Fleischer havia-se transformado, em 1932, numa das estrelas da Paramount, empresa que distribuía os seus filmes de animação nos Estados Unidos inteiros. Nesse momento, a Boop Girl tinha várias rivais de carne e osso dentro do estúdio, mas nenhuma delas conseguiria alcançar o seu nível de popularidade ao longo da década. E muito poucas são as que desfrutam atualmente do culto existente a essa morena de grandes olhos e risco ao meio…De 1932 a 1939, a senhorita Boop foi uma diva das telas do cinema, e cada uma das suas aventuras deixava encantados os espectadores que iam às salas escuras de cinema para esquecerem as dificuldades da Grande Depressão de 1932. Apesar disso, existiam dois obstáculos bem conhecidos por muitas estrelas, e dos quais Betty também não estaria livre. Tratava-se da censura, que faria menos atraentes as suas roupas, e a concorrência com dois grandes rivais: Popeye e Mickey Mouse, cujo sucesso acabaria eclipsando-a.

A Paramount
Nos anos 1930, a empresa da “montanha gelada” não se resignava apenas em distribuir os filmes animados Betty Boop dos estúdios Fleischer: graças a um elenco de estrelas, dominava perfeitamente a indústria do cinema norte-americano. Fundada em 1912 por Adolph Zukor, a Paramount é o estúdio mais antigo de Hollywood. O seu logotipo, conhecido no mundo inteiro, representa uma montanha gelada, rodeada de estrelas, que simbolizavam os artistas da companhia. Desde o começo, Zukor concentrou-se em atrair atores famosos para garantir o sucesso dos seus filmes, demonstrando ser um pioneiro do star system. Da mesma forma, o produtor entendeu que não era necessário dedicar-se a um único género: drama, comédia, romance… A Paramount tinha filmes para todos os gostos. Depois de superar com sucesso a transição para o cinema falado, o estúdio transformou-se no começo dos anos 1930 no mais poderoso do mercado norte-americano, porque, além de produzir filmes, Zukor garantia a distribuição deles em cinemas independentes e também dentro da sua própria rede de salas. Essa concentração acarretaria para a companhia problemas com o governo, por causa da “lei antitruste” que regulamentava a competição de mercado.

Turbulências
O ano de 1930 marcou nos Estados Unidos o começo das carreiras de dois artistas que, a pedido da Paramount, chegavam da Europa para serem transformados em estrelas: Marlene Dietrich e Maurice Chevalier. A primeira transformou-se no arquétipo da mulher fatal, em filmes como “Marrocos”. E o segundo deixou as mulheres loucas com as suas comédias musicais, como “Ama-me esta noite”.

Além disso, o amor e uma pitada de erotismo passariam a ser uma especialidade do estúdio: a devoradora de homens Mae West utilizava abundantes duplos sentidos de tema sexual em “Eu não sou nenhum anjo” e Claudette Colbert mostrou os seios em Cleópatra. Era demais para as ligas defensoras da virtude, que diante desses excessos obtiveram o apoio do Código Hays em 1934. Uma censura que, junto com a crise económica, quase provocou a queda da Paramount em 1935. Entretanto, Zukor conseguiu salvar os estúdios, que recuperaria o equilíbrio graças ao sucesso dos filmes do grande realizador Cecil B. DeMille e das animações dos irmãos Fleischer com Betty Boop e Popeye.
Vampiresas na tela
Dorothy Malone
De pin-up no começo da carreira a mãe de família em “ A Caldeira do diabo” a atriz soube abrir caminho dentro da indústria de Hollywood e ganhou até um Oscar. Dorothy Eloise Maloney nasce a 30 Janeiro 1925 em Chicago, embora tenha crescido em Dallas. A jovem logo começou a pousar para fotografias publicitárias e a representar em todas as peças da escola. Foi assim que um caça-talentos da RKO a descobriu aos 18 anos. Seguindo-o até Hollywood, Dorothy teve que se conformar no princípio com papéis tão modestos que não levavam o seu nome para os créditos do filme. Entretanto, em 1945 deixou a RKO e foi para a Warner, onde recebeu propostas para papéis de maior relevância. A jovem atriz diminuiu o seu sobrenome, transformando-o em Malone, e destacou-se em “À Beira do Abismo”, no qual representava uma vendedora de livros que seduzia Humprey Bogart.

Vida privada
A carreira de Dorothy Malone atingiu o seu apogeu no final dos anos 1950. Também nessa época casou-se com o ator Jacques Bergerac, recém divorciado de Ginger Rogers (o casal teria duas filhas e se separaria em 1964). Às vezes sensual e, em outras, “mulher guerreira” a atriz enfrentou as estrelas masculinas mais importantes daquele momento. Apesar disso, durante a década seguinte, trabalharia principalmente na televisão, com destaque para a série de sucesso “A Caldeira do Diabo”. Dorothy voltou a casar-se e se divorciou duas vezes, continuaria sendo um rosto conhecido na TV e no cinema nos anos 1970 e 1980. Em 1992, Paul Verhoeven ofereceu-lhe o seu último papel “Instinto Selvagem”, a amiga de Catherine, acusada de assassinar toda a família. Depois disso, a atriz voltaria a Dallas, cidade onde passou a infância, para viver uma tranquila reforma.

Os anos 1930 nos estados Unidos
O massacre de Kansas City - http://youtu.be/_cv8Hu32BCE
O episódio mais sangrento da luta do FBI contra o sindicato do crime aconteceu em 1933. Oitenta anos depois, as circunstâncias do evento continuam apaixonando os historiadores. No dia 17 Junho 1933 um criminoso chamado Frank Nash teve de ser acompanhado à penitenciária de Leavenworth, da qual tinha escapado três anos antes. Quando souberam que o seu cúmplice devia passar pos Kansas City, os cabeças da quadrilha decidiram ajudá-lo a fugir. De acordo com a investigação feita mais tarde pelo FBI, confiaram essa tarefa ao mafioso Vernon Miller, que procuraria ajuda de dois companheiros: Charles Arthur Floyd d 29 anos, assaltante de bancos que a imprensa conhecia pelo apelido de “Pretty Bad Boy”; e Adam Richetti de 23 anos, também famoso pelos seus numerosos assaltos. Ambos eram fugitivos nessa época, mas se uniram a Miller em Kansas City, não sem antes sequestrar brevemente durante a viagem um xerife curioso demais.
Alvorecer fatal
Na manhã do dia 17 Junho, os três malfeitores estavam bem cedo diante da Union Railway Station, a estação de Kansas City. Frank Nash chegou na hora prevista, escoltado por três guardas. Dois dos agentes do FBI os esperavam na plataforma, junto com dois policias. Ao sair da estação, o grupo dirigiu-se a um Chevrolet no qual colocaram Frank Nash com três agentes. Mas de repente ouviram-se alguns tiros: o motorista que se preparava para entrar no carro morreu no mesmo instante, assim como dois dos seus colegas que estavam fora do veículo. Um agente do FBI foi ferido no braço e jogou-se no chão. Dentro do carro, dois policias tinham conseguido deitar sobre os assentos, mas um terceiro morreu, assim como Frank Nash. Então os três pistoleiros fugiram, perseguidos pelas balas de um policia que tinha saído da estação. Segundo os sobreviventes, tudo aconteceu em menos de trinta segundos.

Erro da justiça?
Depois dessas mortes, o diretor do FBI Edgar Hoover, tinha de dar um golpe duro. Vernon Miller, localizado em Chicago, fugiu dos agentes em Outubro, mas foi encontrado no mês seguinte, estrangulado num lixão. Com relação a Floyd e Richetti, desapareceram sem deixar rastos durante mais de uma ano, mas foram descobertos numa pequena cidade de Ohio, no dia 20 Outubro 1934. Nesse dia Richetti foi preso, porém Floyd conseguiu fugir. Este seria executado dois dias mais tarde pelo FBI, em circunstâncias que suscitaram controvérsia. Também criaria polémica a verdadeira identidade dos cúmplices de Miller, que segundo alguns historiadores não seriam Floyd e Richetti (que por outro lado teria sido executado em 1938). De facto, nenhum deles havia matado por dinheiro antes, e ambos negaram sempre qualquer relação com o massacre de Kansas City…
JJ fotos
SALVAT
Google

 

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