Marfinite 14 cm - base 5x5 cm -
extras: Pormenores de pintura, patines, acessórios da base, feltro base.
Nos dias de hoje não nos
surpreende nem um pouco ver Betty Boop vestida de exploradora africana. Há
tempos sabemos que essa heroína tem muita coragem, demonstrada nos seus
trabalhos de policia e bombeira, por exemplo. Desde a sua criação em 1932, a
Boop Girl também foi uma figura pioneira no mundo dos desenhos animados. Nesse
universo dominado por personagens masculinas, tanto animais como humanos, ela
foi a primeira heroína capaz não só de fazer o seu nome, como também de se
transformar em poucos meses num verdadeiro símbolo. Tanto na forma de animação
como na de quadradinhos, Betty frequentemente vivia aventuras cómicas, mas às
vezes também assustadoras, sem nunca fraquejar. De facto, pela sua valentia
quase poderíamos compará-la ao seu companheiro dos estúdios Fleischer, o
invencível marinheiro sempre de cachimbo na boca, o Popeye. Dessa forma, não há
por que se preocupar: quando essa senhorita se veste com roupa de exploradora e
parte para a descoberta de lugares longínquos, podemos estar certos de que a
veremos voltar para casa sã e salva.
A
história da filmagem de “E Tudo o Vento Levou” é quase tão romanceada como o
próprio filme. Voltemos ao começo de uma obra-prima, desde os problemas na
distribuição até os conflitos do estúdio de gravação. Tudo começou em 1936,
antes mesmo do lancamento do best-seller de Margaret
Mitchell. O ajudante de produtor David O. Selznick, que
recebeu as provas de imprensa do livro, convenceu o chefe a comprar os
direitos. Sendo mais rápido que os concorrentes, Selznick adquiriu-os pela soma
de 50.000 dólares. Logo depois contrataram o cineasta George Cukor, porém a
preparação do filme, que precisaria de centenas de peças de vestuário e
cenários, duraria dois anos. Durante esse período, Selznick devia decidir quem
interpretaria Scarlett O’Hara e Rhett Butler, transformados em heróis nacionais com a publicação do
livro. Para Rhett, o produtor contratou Clark
Gable, “roubando-o” da MGM, em troca de uma
parte da arrecadação da bilheteira. Entretanto, a escolha de Scarlett O’Hara
foi muito problemática…
Procurando Scarlett desesperadamente
Em 1936
foram organizados castings para encontrar essa pedra preciosa. Além disso,
tratava-se, sobretudo, de uma jogada de marketing, porque durante esse tempo
Selznick já pensava em várias atrizes. Parecia que Tallulah Bankhead
conseguiria o papel, porém, o seu comportamento liberal demais assustava os
produtores; Miriam Hopkin era a favorita de Margaret Mitchell, mas já não tinha
idade para ser Scarlett. Por último, duas atrizes ficaram na disputa: Paulette Goddard e Vivien Leigh, uma jovem
inglesa quaae desconhecida. Essa última foi finalmente a escolhida, em dezembro
de 1938, quando a filmagem já tinha começado! Entretanto, surgiriam ainda
outros problemas. Cukor, que era considerado muito lento por Selznick, foi
despedido ao final de très semanas (embora contuasse fazendo Vivien Leigh
ensaiar em segredo). Por sua vez, Victor Fleming, que o sucedeu, teve de ser substituído durante duas
semanas por motivo de estafa. O ator Robert
Gleckler morreu de forma súbita durante a
filmagem, assim como o roteirista Sydney Howard. Tudo isso, além das dificuldades habituais de uma
superprodução de quatro horas. Porém, Selznick teria uma recompensa pela sua
presença: além de conseguir um grande sucesso depois da estreia em 1939… “E
Tudo o Vento Levou” receberia dez
Oscar, um recorde na época.
Embora
seja a sua cor fetiche, o vermelho não combina muito com uma expedição
africana. Para se movimentar discretamente pela sua savana ou pela selva, o
castanho é muito mais adequado. E ainda que as botas baixas não sejam muito
sexys, são bem mais práticas qia as de salto alto. Protegendo-se do ardente sol
com um grande chapéu, Betty veste uma camisa de estilo saariano, que seria
muito austera se não fosse udasa acima do umbigo. Assim como a saia, cujos
cordões acrescentam ao conjunto o toque “boopiano” característico…
Os
anos 1930 nos Estados Unidos
O voo
de Martha Graham
Tão cuidadosa com as
coreografias como com os cenários e a música, a artista impôs o seu estilo ao
longo dos anos 1930, a ponto de se transformar na número uma da dança
contemporânea nos Estados Unidos. Em 1930 Martha Graham
apresentou ao público um ballet considerado uma obra fundamental na história da
dança. Em “Lamentation” (video) a coreógrafa
aparecia coberta por um estranho vestido que ocultava o corpo, um símbolo da
doença e da dor que desejava transmitir. Com esse espetáculo vanguardista, Martha
Graham inventou um estilo que rompia totalmente com o restante das criações da
época, e os fãs sentiram que daquele momento em diante deveriam levá-la muito a
sério. Entretanto o caminho de Grahampara chegar até ali foi árduo. Nascida em
1894, numa família de posses e muito religiosa, teve de lutar para que os seus
entes queridos aceitassem a vocação dela, descoberta numa tarde de 1911 ao
assistir a um espétaculo da pioneira Ruth Saint Denis.
Martha já tinha 22 anos quando entrou na escola de dança fundada por Ruth, mas
o seu espírito combativo permitiu que superasse o obstáculo da aprendizagem
tardia.
O pai de Martha Graham era um
médico convencido de que as doenças do corpo refletiam os tormentos da alma.
Uma conceção compartilhada pela sua filha, cujo trabalho seria influenciado
pela psicanálise. Depois de abrir em 1926 o Martha Graham Center for
Contemporary Dance, a jovem começou a montar espetáculos com as alunas.
Quebrando os códigos de ballet clássico, dançavam com os pés descalços,
vestidas com roupas austeras desenhadas pela própria Martha. Os tradicionais
cenários de telas pintadas eram sunstituídos por esculturas de estilo depurado,
como as realizadas em 1935 pelo artista Isamu Noguchi
para o ballet Frontier. Da mesma forma, a coreógrafa gostava de trabalhar com
compositores comtemporâneos. Em 1936, o espetáculo “Chronicle”
(video) provocou uma grande agitação: pela primeira vez, assuntos “sérios” como
a Grande Depressão constituíam o núcleo de um ballet.
Artista comprometida, Martha
rejeitou o convite para se apresentar em 1936 nos Jogos Olímpicos de Berlim,
que tinha se transformado na capital do
nazismo. Por outro lado, criou o ballet “Deep Song” uma evolução da Guerra
Civil Espanhola. Outras criações seriam inspiradas em culturas frequentemente
menosprezadas, como as dos indígenas norte-americanos ou a dos mexicanos… Em
1938, a coreógrafa decidiu abrir as portas da sua escola, até então
exclusivamente feminina, aos homens. Erick Hawkins,
o primeiro a entrar, seria depois seu companheiro. No ano seguinte, uniu-se a
ele um jovem prodígio, descoberto numa escola de dança de Seatle, Merce Cunningham. A companhia de Lartha Graham, que
não deixava explorar novos caminhos, passou a ser imprescindível no final dos
anos 1930. Ainda continua sendo até hoje, embora a sua fundadora tenha falecido em 1991.
JJ foros
SALVAT
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