25 fevereiro 2013

Betty Boop - Hospedeira do Ar


Betty Boop

Hospedeira do Ar
Marfinite 14 cm - base 5x5 cm - extras: pormenores de pintura, acessórios base, feltro vermelho.
 
 Embora Betty Boop seja um personagem de desenho animado, também viveu as alegrias e as tristezas das estrelas reais. Como tantas outras atrizes, teve de trabalhar como figurante em algumas séries de desenhos até que lhe prestassem atenção. Depois disso, quando já estava em evidência, tornou-se protagonista da sua própria série. Na mesma época passou por uma “mudança de visual” algo que foi menos doloroso para ela que para as suas colegas humanas: enquanto os estúdios submetiam estas últimas a tratamentos que chegavam até a arrancar os seus dentes, Betty apenas teve orelhas de cachorrinha apagadas o nariz redesenhado, para ficar mais sexy.
Só então pôde finalmente transformar-se numa diva da Paramount, companhia que garantia a distribuição dos seus filmes. Contudo, Betty, como a maioria das atrizes, também sofreria a tirania do estúdio, que a faria passar por uma mudança de imagem não esperada... A sua carreira terminaria assim prematuramente no final dos anos 1930. Mas, como aconteceu com Jean Harlow e Marilyn Monroe, o que conseguiram com isso foi transformar Betty num mito.
Paramount Girl
Como consequência de um acordo de distribuição entre os seus criadores e a Paramount, Betty transformou-se durante os anos 1930 numa das sex symbols do célebre estúdio. Para o bem e para o mal. Foi em 1928 que os irmãos Fleischer, proprietários dum pequeno estúdio de animação nova-iorquino, decidiram associar-se à Paramount. Criada pelos pioneiros do cinema no início da década de 1910, essa companhia era naquele momento a mais poderosa do setor. Instalada em Hollywood, a Paramount foi a primeira empresa a distribuir filmes em todo o país, tanto os que ela própria criava como os que comprava de outras companhias.
Além disso, contava com a sua própria rede de salas de cinema, cobrindo assim toda a cadeia cinematográfica. Essa associação era, desta forma, um verdadeiro achado para os irmãos Fleischer, cujos filmes seriam distribuídos a partir de então por uma poderosa rede. Especialmente os de Betty Boop, que logo se transformaria numa estrela de âmbito nacional. No começo dos anos 1930, essa morena era uma das três vampiresas oficiais da Paramount, que se juntava a duas rivais: Mae West e Marlene Dietrich.
Autocensura
Infelizmente, assim como as suas colegas, Betty teria o seu sucesso arruinado em 1934, com a instauração do famoso Código Hays (provocado, segundo contam alguns, pelos excessos de Mae West, que, se comparados aos dias de hoje, nos parecem bem moderados...). Desde aquele momento, as heroinas  da tela, tanto as de desenho animado como as de carne e osso, tinham de dar mostras da sua moralidade, ou seriam boicotadas. A Paramount, que já se aproximava da falência por causa da Grande Depressão, pediu aos Fleischer que tornassem Betty menos provocadora, mesmo sabendo que assim causariam também a sua decadência.
Contudo, a Paramount também distribuía os filmes do Popeye, a outra estrela dos Fleischer, motivo pelo qual a associação entre as duas companhias perduraria, pelo menos até que o estúdio de animação começasse a passar também por grandes dificuldades financeiras, agravadas pela relação cada vez pior entre os dois irmãos Fleischer. A Paramount aproveitou então para tomar o controle total do estúdio Fleischer, que foi renomeado como Famous Studios em 1942. Apesar disso, a mudança já não afetaria Betty, cuja série tinha terminado em 1939.
A miniatura
Se existe roupa feita sob medida para Betty Boop, é a de hospedeira do ar! Uma sex symbol como ela não poderia deixar de vestir um dos famosos uniformes da profissão que há muito tempo ocupa um lugar de honra nos sonhos masculinos. Imaginamos Betty indo e voltando pelo corredor, trajando o seu vestidinho e atendendo aos passageiros. E se as turbulências fizerem o avião se movimentar demais, essa encantadora hospedeira poderá pegar seu violão para tranquilizar os passageiros, entoando a sua música-fetiche. E mais – não tenham dúvidas – com Betty não há desculpas para atrasos...
Vampiresas na tela
Betty Grable
Digna herdeira da Boop Girl, a outra Betty do cinema tinha o físico ideal para enlouquecer os soldados da Segunda Guerra Mundial. Uma tarefa que a transformaria na rainha das bilheteiras durante dez anos. Elizabeth Grable nasceu no dia 18 de Dezembro de 1916 em Saint-Louis, Missouri. A mãe tinha grandes planos para ela, por isso a menina estudou dança desde os três anos e ambas foram para Hollywood dez anos depois. Mentindo sobre a sua idade, a jovem, que era chamada de Betty, conseguiu um contrato como chorus girl, na comédia musical “Happy Days”.
Parecia estar entrando naquele mundo, mas embora tivesse começado a aparecer em muitos filmes, continuava relegada aos números musicais. Em 1937 Betty casou-se com o jovem ator Jackie Coogan (o menino de “O Garoto de Chaplin”) o que atraiu a atenção do público para ela. O casal trabalhou junto no filme “Ela prefere um atleta (Millios Dollar Legs, Nick Grinde 1939), mas foi somente depois de um show musical da Broadway que Betty ficou finalmente famosa.
Pin-up Girl
Os diretores da Fox contrataram então a jovem, decididos a transformá-la na estrela da casa. Betty fez várias comédias musicais com títulos sugestivos, com “Serenata Tropical” e Moon over Miami, filmes que destacavam o seu radiante sorriso e o seu corpo perfeito. Proclamando ela que tinha as pernas mais belas de Hollywood, o estúdio decidiu segurá-las com o valor de um milhão de dólares! A decisão não foi só uma jogada de marketing, pois o fulgurante sucesso de Betty transformou-a na atriz mais bem paga dos anos 1940. Ela era especialmente popular entre os soldados, que penduravam nos dormitórios coletivos a famosa foto na qual a estrela aparece de maiô. Assim, Betty converteu-se numa lenda com dois apelidos: “Pin-up girl” (que são efetivamente as moças cujas fotos eram penduradas nas paredes) e “A garota das pernas de um milhão de dólares”.
JJ fotos
SALVAT
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