Betty Boop
Dançarina
de Can-can
Marfinite 15 cm - base 5x5 - extras. Pormenores pintura,
acessórios da base.
Se reconhecermos os mitos pela sua capacidade de fascinar as
pessoas do mundo inteiro, Betty Boop é sem dúvida uma heroína mítica, já que
somente as habilidades dos publicitários norte-americanos não explicam o seu
sucesso em tantos países e há tanto tempo. Betty tornou-se hoje uma figura tão
universal que não nos parece estranho que ela surja, por exemplo, vestida de
dançarina de can-can: as fronteiras do espaço e do tempo parecem não existir
para esse personagem tão célebre tanto no Novo Continente como no Antigo
Continente. Dizem que a chave do sucesso de um personagem de desenhos animados
não está simplesmente em ter encantos, mas sim nesse “algo especial” que leva
de imediato à aceitação do público, que torna possível identificar-se e
estabelecer um vínculo com ele. Com a sua bela aparência física, sexy e
divertida ao mesmo tempo, Betty tem sem dúvida esse “algo especial” que lhe
permite continuar seduzindo em todos os idiomas e em todas as latitudes, mesmo
passados tantas décadas. E daí por diante.
O amigo Koko
Muito antes de gato Félix
e Mickey Mouse, o mundo da animação já
contava com uma grande estrela: um palhaço branco que se transformaria, no
começo dos anos 1930, em cúmplice de Betty Boop. Betty não foi a primeira
estrela dos estúdios de animação Fleischer. Dez anos antes do seu nascimento,
outro personagem já se tinha transformado em mascote da sociedade: o palhaço Koko. De facto, os irmãos Max e Dave Fleischer o
criaram em 1919 usando a sua invenção revolucionária, o rotoscópio. Tratava-se
de um processo que permitia sobrepor as imagens animadas aos movimentos humanos
filmados anteriormente. Assim, para dar vida a Koko, Max gravou o seu irmão
vestido de palhaço, algo que dava ao personagem uma mobilidade impressionante
para a época (o rotoscópio serviria mais tarde a Walt Disney para criar a
Branca de Neve). Koko logo se transformou numa estrela, graças à série “Out of
the Inkwell, título que significa “Fora do tinteiro”. Cada um dos seus
episódios começava com uma introdução na qual Max Fleischer, filmado em tomadas
reais, desenhava a silhueta de Koko: a partir desse momento o palhaço já podia
começar a viver as loucas aventuras antes de voltar a entrar no tinteiro, ao
final do filme! http://youtu.be/rbeUYS6UHGg
Segunda chance
Também foi nessa série que os irmãos Fleischer inventaram o
princípio do caraóque. De facto, Koko fazia o público das salas de cinema
cantar seguindo as palavras da tela. Três anos antes do nascimento “oficial” do
cinema falado, em 1928, o estúdio produziu assim os primeiros filmes sonoros da
história do cinema, algo que fez Koko ser ainda mais popular. Embora o
personagem tenha saído de moda no final da década, foi para voltar de uma forma
mais ruidosa na série de Betty Boop no começo dos anos 1930. A recém-chegada,
de facto, dividia os cartazes de muitos filmes com o veterano Koko,
especialmente o da célebre Branca de Neve de 1933, em versão para Betty. A sua
última colaboração aconteceria em 1934, em circunstâncias bem absurdas: Koko
sofre uma terrível dor de dentes, e Betty trabalha como aprendiz de dentista.
Contudo, como abusa do gás do riso para anestesiá-lo, tudo termina bem, entre
as grandes gargalhadas de todos...
A miniatura
Censores de todos os tipos: fechem os olhos. Betty está
pronta para dançar um atrevido can-can. Não falta nenhum detalhe na sua roupa
de “mocinha de Paris”: nem o vestido longo que permite levantar a perna, o
atraente corpete, ou a tradicional cinta-liga... Com esta nova miniatura de
Betty, revivemos o Montmartre da zona boémia de Paris. É verdade que estamos
muito longe da meca do jazz e dos subúrbios nova-iorquinos onde normalmente
vive Miss Boop, mas quem poderá dizer que ela não é convincente?
Os anos 1930 nos Estados Unidos
A Catástrofe do Hindenburg
Prodígio da aeronáutica e símbolo do poder nazi, O Zeppelin LZ 129 garantiu durante um ano os deslocamentos
entre a Alemanha e a América do Norte, até o terrível acidente de Lakehurst.
No dia 6 de Maio de 1937 ocorreu em New Jersey uma das
catástrofes aéreas mais famosas da história. Nesse dia uma multidão estava
reunida para presenciar a chegada do dirigível alemão Hindenburg, cujo nome era uma homenagem ao
presidente da República Alemã falecido em 1934. Idealizada pela sociedade
Zeppelin, a maior aeronave de todos os
tempos descolou em 1936. O poder nazi já havia usado a nave anteriormente para
fins de propaganda no seu país, simbolizando diante do mundo o poder do novo
regime. Mais tarde, o dirigível realizou a sua primeira travessia do Atlântico
para chegar ao Rio de Janeiro. Considerando a travessia uma experiência
definitiva, o Hindenburg serviria daquele momento em diante ao transporte de
passageiros da Alemanha ao Brasil e aos Estados Unidos. Foram feitas dezassete
travessias transatlânticas em 1936.
Vanguarda
Ao propor unir Fankfurt a New Jersey em somente sessenta
horas, o dirigível apresentava uma séria concorrência aos transatlânticos. Além
disso, para convencer definitivamente os ricos viajantes a escolherem a via
aérea, os projetistas do Hindenburg transformaram-no num meio de transporte tão
elegante como os navios. O mobiliário era vanguardista, As suas setenta cabines
dispunham de banheiro com água quente e até havia uma sala de chuveiros na
coberta inferior. E claro que havia janelas para admirar a paisagem durante a
viagem, e um piano de alumínio foi fabricado exclusivamente para o grande
salão. Dessa forma, a alta sociedade dos dois lados do Atlântico fazia o
possível para viajar a bordo desse palácio voador, e uma multidão de curiosos
ia admirá-lo em cada uma das aterragens.
Ao vivo
Muitas testemunhas, entre elas bastantes jornalistas,
assistiram dessa maneira à tragédia do dia 6 de Maio de 1937. Ao chegarem
finalmente à base de Lakehurst, depois de um voo que tinha sofrido atrasos por
causa das tempestades, o Hindenburg ficou imobilizado a cerca de 200 metros
acima do ponto de aterragem. Tudo parecia normal, mas de repente apareceram
enormes labaredas devorando a estrutura do dirigível, que caiu em menos de
quarenta segundos. Dos 97 passageiros, 35 faleceram, além de um empregado que
trabalhava em terra. A comoção foi imensa, tanto na Alemanha como nos Estados
Unidos, onde a catástrofe foi relatada por um repórter de rádio presente no
local. Surgiram múltiplas hipóteses para explicar a origem do incêndio, mas as
circunstâncias exatas da tragédia ainda hoje são motivo de diversas suposições
dos historiadores.
Mistérios http://youtu.be/tWci-qkKl5E
Como frequentemente acontece com vários factos sem
explicação, o incêndio do Hindenburg provocou todo o tipo de especulação O
governo alemão defendeu na época a hipótese de uma descarga elétrica em
decorrência do contacto de um cabo de ancoragem com o solo, o que teria
provocado uma explosão da reserva de hidrogénio. Muito mais fantasiosa era a
proposta apresentada em 1975 no filme Hindenburg (Robert Wise) dedicado à catástrofe, que cogitava um
atentado terrorista contra a Alemanha de Hitler...
JJ fotos
SALVAT
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