16 fevereiro 2013

Betty Boop - Dançarina de Can-Can

Betty Boop
Dançarina de Can-can

 Marfinite 15 cm - base 5x5 - extras. Pormenores pintura, acessórios da base.
Se reconhecermos os mitos pela sua capacidade de fascinar as pessoas do mundo inteiro, Betty Boop é sem dúvida uma heroína mítica, já que somente as habilidades dos publicitários norte-americanos não explicam o seu sucesso em tantos países e há tanto tempo. Betty tornou-se hoje uma figura tão universal que não nos parece estranho que ela surja, por exemplo, vestida de dançarina de can-can: as fronteiras do espaço e do tempo parecem não existir para esse personagem tão célebre tanto no Novo Continente como no Antigo Continente. Dizem que a chave do sucesso de um personagem de desenhos animados não está simplesmente em ter encantos, mas sim nesse “algo especial” que leva de imediato à aceitação do público, que torna possível identificar-se e estabelecer um vínculo com ele. Com a sua bela aparência física, sexy e divertida ao mesmo tempo, Betty tem sem dúvida esse “algo especial” que lhe permite continuar seduzindo em todos os idiomas e em todas as latitudes, mesmo passados tantas décadas. E daí por diante.
 
O amigo Koko
 Muito antes de gato Félix e Mickey Mouse, o mundo da animação já contava com uma grande estrela: um palhaço branco que se transformaria, no começo dos anos 1930, em cúmplice de Betty Boop. Betty não foi a primeira estrela dos estúdios de animação Fleischer. Dez anos antes do seu nascimento, outro personagem já se tinha transformado em mascote da sociedade: o palhaço Koko. De facto, os irmãos Max e Dave Fleischer o criaram em 1919 usando a sua invenção revolucionária, o rotoscópio. Tratava-se de um processo que permitia sobrepor as imagens animadas aos movimentos humanos filmados anteriormente. Assim, para dar vida a Koko, Max gravou o seu irmão vestido de palhaço, algo que dava ao personagem uma mobilidade impressionante para a época (o rotoscópio serviria mais tarde a Walt Disney para criar a Branca de Neve). Koko logo se transformou numa estrela, graças à série “Out of the Inkwell, título que significa “Fora do tinteiro”. Cada um dos seus episódios começava com uma introdução na qual Max Fleischer, filmado em tomadas reais, desenhava a silhueta de Koko: a partir desse momento o palhaço já podia começar a viver as loucas aventuras antes de voltar a entrar no tinteiro, ao final do filme! http://youtu.be/rbeUYS6UHGg
 
 Segunda chance
Também foi nessa série que os irmãos Fleischer inventaram o princípio do caraóque. De facto, Koko fazia o público das salas de cinema cantar seguindo as palavras da tela. Três anos antes do nascimento “oficial” do cinema falado, em 1928, o estúdio produziu assim os primeiros filmes sonoros da história do cinema, algo que fez Koko ser ainda mais popular. Embora o personagem tenha saído de moda no final da década, foi para voltar de uma forma mais ruidosa na série de Betty Boop no começo dos anos 1930. A recém-chegada, de facto, dividia os cartazes de muitos filmes com o veterano Koko, especialmente o da célebre Branca de Neve de 1933, em versão para Betty. A sua última colaboração aconteceria em 1934, em circunstâncias bem absurdas: Koko sofre uma terrível dor de dentes, e Betty trabalha como aprendiz de dentista. Contudo, como abusa do gás do riso para anestesiá-lo, tudo termina bem, entre as grandes gargalhadas de todos...
A miniatura
Censores de todos os tipos: fechem os olhos. Betty está pronta para dançar um atrevido can-can. Não falta nenhum detalhe na sua roupa de “mocinha de Paris”: nem o vestido longo que permite levantar a perna, o atraente corpete, ou a tradicional cinta-liga... Com esta nova miniatura de Betty, revivemos o Montmartre da zona boémia de Paris. É verdade que estamos muito longe da meca do jazz e dos subúrbios nova-iorquinos onde normalmente vive Miss Boop, mas quem poderá dizer que ela não é convincente?
 

Os anos 1930 nos Estados Unidos

A Catástrofe do Hindenburg


 Prodígio da aeronáutica e símbolo do poder nazi, O Zeppelin LZ 129 garantiu durante um ano os deslocamentos entre a Alemanha e a América do Norte, até o terrível acidente de Lakehurst.
No dia 6 de Maio de 1937 ocorreu em New Jersey uma das catástrofes aéreas mais famosas da história. Nesse dia uma multidão estava reunida para presenciar a chegada do dirigível alemão Hindenburg, cujo nome era uma homenagem ao presidente da República Alemã falecido em 1934. Idealizada pela sociedade Zeppelin, a  maior aeronave de todos os tempos descolou em 1936. O poder nazi já havia usado a nave anteriormente para fins de propaganda no seu país, simbolizando diante do mundo o poder do novo regime. Mais tarde, o dirigível realizou a sua primeira travessia do Atlântico para chegar ao Rio de Janeiro. Considerando a travessia uma experiência definitiva, o Hindenburg serviria daquele momento em diante ao transporte de passageiros da Alemanha ao Brasil e aos Estados Unidos. Foram feitas dezassete travessias transatlânticas em 1936.
 
 Vanguarda
Ao propor unir Fankfurt a New Jersey em somente sessenta horas, o dirigível apresentava uma séria concorrência aos transatlânticos. Além disso, para convencer definitivamente os ricos viajantes a escolherem a via aérea, os projetistas do Hindenburg transformaram-no num meio de transporte tão elegante como os navios. O mobiliário era vanguardista, As suas setenta cabines dispunham de banheiro com água quente e até havia uma sala de chuveiros na coberta inferior. E claro que havia janelas para admirar a paisagem durante a viagem, e um piano de alumínio foi fabricado exclusivamente para o grande salão. Dessa forma, a alta sociedade dos dois lados do Atlântico fazia o possível para viajar a bordo desse palácio voador, e uma multidão de curiosos ia admirá-lo em cada uma das aterragens.
 
Ao vivo
Muitas testemunhas, entre elas bastantes jornalistas, assistiram dessa maneira à tragédia do dia 6 de Maio de 1937. Ao chegarem finalmente à base de Lakehurst, depois de um voo que tinha sofrido atrasos por causa das tempestades, o Hindenburg ficou imobilizado a cerca de 200 metros acima do ponto de aterragem. Tudo parecia normal, mas de repente apareceram enormes labaredas devorando a estrutura do dirigível, que caiu em menos de quarenta segundos. Dos 97 passageiros, 35 faleceram, além de um empregado que trabalhava em terra. A comoção foi imensa, tanto na Alemanha como nos Estados Unidos, onde a catástrofe foi relatada por um repórter de rádio presente no local. Surgiram múltiplas hipóteses para explicar a origem do incêndio, mas as circunstâncias exatas da tragédia ainda hoje são motivo de diversas suposições dos historiadores.

Mistérios  http://youtu.be/tWci-qkKl5E

Como frequentemente acontece com vários factos sem explicação, o incêndio do Hindenburg provocou todo o tipo de especulação O governo alemão defendeu na época a hipótese de uma descarga elétrica em decorrência do contacto de um cabo de ancoragem com o solo, o que teria provocado uma explosão da reserva de hidrogénio. Muito mais fantasiosa era a proposta apresentada em 1975 no filme Hindenburg (Robert Wise)   dedicado à catástrofe, que cogitava um atentado terrorista contra a Alemanha de Hitler...
 JJ fotos
SALVAT
YouTube - Google

Sem comentários: