15 outubro 2012

Fiat 643-690 1965
 
Chamado “Baffo” (bigode) por causa da sua barra cromada atravessada na grelha, O Fiat 690 é o camião italiano mais emblemático.
SACOR - Petróleos - Portugal
 
 
6 cil.-11548 cc - 190 cv - v.máx. 73 kmh - peso bruto 6,1 ton - carga útil 11,4 ton.
SACOR, uma marca que fez história em Portugal
A SACOR é uma das marcas mais nostálgicas e presentes na imaginação dos portugueses.
A sua criação marcou uma viragem no progresso e desenvolvimento da indústria petrolífera em Portugal.
Fundada em 1937 foi a primeira empresa petrolífera portuguesa.
Até à sua criação, Portugal limitava-se a importar produtos petrolíferos, mas, com a necessidade de refinar o petróleo em território nacional, foram criadas todas as condições para que tal ocorresse.
Assim, a empresa perdurou durante várias décadas, até que, após o 25 de Abril de 1974, foi integrada na atual GALP.
Apesar de a marca já não existir há muito tempo, os produtos SACOR marcaram várias gerações e fizeram parte da vida de todos os portugueses durante longos anos.
Quem não se lembra dos míticos postos de combustível espalhados por todo o país, e os enormes camiões como este, que circulavam nas estradas por todo o Portugal?



FIAT o emblema italiano
Alguns países possuem o seu camião emblemático: O Pegaso Comet em Espanha, O Berliet GLR em França ou ainda o Mercedes L911 “capot boleado” na Alemanha.

No país dos Ferrari, todos os tifosi de camiões veneram o Fiat Baffo cuja carreira atravessou décadas.
Seria demasiado fácil resumir a história da empresa Fiat e do seu sucesso planetário. Para prová-lo, bastariam os pequenos 500 e 600 que puseram a Itália a deslizar sobre rodas. Efetivamente, a Fabrica Italiana di Automobili – Torino (FIAT) começou a produzir nas suas oficinas veículos pequenos de motor bicilíndrico a partir de 1899. Em 1903 a firma passou para outro escalão ao construir grandes 4 cilindros de luxo.
E para dar a conhecer a qualidade dos seus produtos, nada melhor do que participar nas primeiras grandes competições automobilísticas.
Começou pelas famosas maratonas entre cidades como Paris-Madrid, depressa proibidas pelas autoridades públicas depois de um grande número de acidentes mortais.
A seguir, surgiram as competições em circuitos como a Taça Gourdon-Bennet ou os Grandes Prémios do ACF.
Estas provas, onde se destacou o piloto Vincenzo Lancia, que, mais tarde, fundaria a sua própria empresa, fizeram muito pela fama da Fiat.
A partir de então, a empresa fez alinhar monstros com mais de 12 litros de cilindrada (12000 cc), de transmissão por correia, à imagem do mítico FiatMefistófeles”.
Destinos Cruzados O desencadear da Grande Guerra em Agosto de 1914 conduziu a firma de Turim a um grande desenvolvimento graças às encomendas de material militar, em particular de camiões.
O primeiro Fiat de grande difusão foi lançado em 1919, mal terminou o conflito: foi o Fiat 501 de 1,5 litros de cilindrada, declinado em diversas variantes de carroçaria.

Quatro anos mais tarde, seguiu-se um modelo mais económico, o Fiat 509 com alguns dos seus derivados a serem fabricados em França sob licença por uma sociedade dirigida por um italiano, Henri-Théodore Pigozzi, que deu início ao seu negócio comprando ferragem em França à conta da Fiat antes de criar a sua oficina de montagem.

Passados alguns anos, em 1935 Pigozzi fundou a sociedade Simca, e uma das suas filiais de transportes pesados - a Unic - encarregou-se de distribuir os camiões Fiat em princípios dos anos 70.
Não deixa de ser realmente estranho como os destinos se cruzam...
Durante a década de 1930 os construtores de pesos-pesados europeus começaram a diversificar as suas gamas e motorizações.
Com efeito, o motor Diesel, ainda denominado “motor a óleo pesado”, começou a multiplicar-se nas estradas.
Uma maior longevidade mecânica, um consumo reduzido e sobretudo, um preço por litro de combustível muito mais rentável contribuindo para popularizar o Diesel junto dos transportadores.
Em França, a Renault e a Berliet propuseram-se como uma alternativa aos seus potentes, mas sequiosos motores a gasolina. A Willème ou a Bernard, por seu lado, confiaram no Diesel licenciado pela Gardner.

JJ fotos
Altaya
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