12 outubro 2012

Betty Boop empregada doméstica

Betty Boop - Empregada Doméstica
 
Marfinite 1:50 - 13 cm base 5x5 cm

Hoje é difícil imaginar que houve um tempo em que os desenhos animados não eram destinados às crianças.
Mas esse é o caso dos famosos “cartoons” as produções de animação cinematográfica realizadas nos EEUU desde os anos 1920 dirigidas aos espetadores adultos.
As produções do estúdis Fleischer, na verdade, pretendiam descrever com certo realismo o umiverso das grandes cidades, incluindo a sua violência ocasional.

A sede do estúdio Fleischer ficava na cidade de Nova York e os filmes que produzia abordavam frequentemente, com humor ácido, a realidade da megalópole, e é evidente que a sexualidade fazia parte dela. como atesta, estre outros, o personagem de Betty Boop. Herdeira das “flappers” dos anos 1920, jovens de vestidos curtos e costumes liberais, Betty é uma heroína cuja sensualidade fascina o público.
Porém, os ventos do moralismo que sopram no cinema em meados dos anos 1930 também não perdoam o cinema de animação, no qual, desde então os amáveis heróis de Alt Disney passariam a reinar por um longo tempo.
Nesse sentido, o triunfo do filme Branca de Neve, de 1937 seria o começo do canto do cisne para a pobre Betty... Uma heroína sexy demais.
Além de ser a primeira estrela feminina da animação, Betty Boop foi um símbolo de liberdade sexual.

E assim como suas companheiras de Hollywood, seria vítima da repressão que ameaçava o cinema norte-americano.
De todos os ingredientes que garantem o sucesso dos cartoons de Betty Boop, é claro que os dotes físicos da heroína são alguns dos mais importantes.
Desde o seu surgimento, quando ela ainda se parecia vagamente com um cachorrinho de longas orelhas, Betty apresentava-se sobre um palco de cabaré, trajando um vestido tão curto quando o decotado, e enquanto cantava se movia de maneira insinuante. Desse momento em diante, todos os seus filmes estariam marcados por um erotismo divertido.
Uma das gags mais fuequentes mostra Betty puxando o seu vestido para baixo, recatadamente, só para que ele volte a subir no instante seguinte.
Outras vezes a saia se levanta e ela não consegue abaixá-la, ou a combinação sai voando, deixando-a nua sob os lençóis.
Os animadores da série jamais perdem a oportunidade de deixar que a silhueta de Betty seja vista à contraluz, ou de mostrá-la em roupas íntimas; e os personagens masculinos que dividem a tela com ela não hesitam em observá-la.

Em “Betty Boop’s Bamboo Isle” (1932) Betty enterpreta uma mulher polinésia que dança sensualmente na praia, vestida com uma simples saia feita de plantas e com uma “lei”, um tipo de grinalda de flores que mal cobria os seios.
E não seria a última vez que usaria esse traje sumário.
Betty censurada No começo dos anos 1930, a série de Betty Boop torna-se ainda mais “excitante” quando os seus autores não hesitam em abordar a sensualidade com total franqueza.

Ao mesmo tempo se vangloriam de usar certo humor negro, que às vezes era até mesmo chocante...Mas essa grande liberdade de expressão, típica do estúdio Fleischer, mostrou-se muito problemática quando a aplicação do famoso Código Hays tronou-se mais rígido em 1934.
Atualmente ignora-se se os censores atacaram oficialmente Betty Boop os se, como todos os diretores de estúdio de Hillywood, os irmãos Fleischer tiveram que se autocensurar.
O certo é que Betty sofreu uma profunda transformação a partir de 1935.
Não só o seu novo vestido ocultava as coxas – incluindo a sua célebre cinta-liga – como também os ombros e seios passariam a estar bem cobertos.
De jovem liberal e sexy, Betty transforma-se pouca a pouco numa mulher solteira um tanto moralizadora.
Sem dúvida, essa mudança radical estava diretamente relacionada com o declínio da estrela no final da década.

JJ fotos
SALVAT
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