16 maio 2009

Convento e Palácio Nacional de Mafra



Palácio Nacional de Mafra

É um palácio e mosteiro monumental de estilo barroco localizado em Mafra (Portugal) a cerca de 25 quilómetros de Lisboa.

Foi iniciado em
1717 no reinado de D. João V, em consequência de uma promessa que o jovem rei fizera se a rainha D. Maria Ana de Áustria lhe desse descendência.

Classificado como
Monumento Nacional em 1910, foi considerado uma das Sete Maravilhas de Portugal a 7 de Julho de 2007.

Convento
Igreja do Palácio Nacional de Mafra
Em
1715, foi fundado o Convento de Nossa Senhora e Santo António de Mafra, que pertencia à província eclesiástica da Arrábida.

Teve origem numa comunidade do Hospício do Espírito Santo. Em
1730, sagrada a Igreja de Nossa Senhora e Santo Antônio, junto de Mafra, foi para lá transferida a sobredita comunidade.

Entre
1771 e 1791, por breve de Clemente XIV, de 4 de Julho de 1770, a requerimento do Marquês de Pombal, foi ocupado pelos Cônegos Regulares de Santo Agostinho da Congregação de Santa Cruz de Coimbra; os Franciscanos da Província da Arrábida saíram do Convento de Mafra, em Maio de 1771. Em 1791, os Cônegos Regulares de Santo Agostinho saíram do edifício de Mafra.

Em
1834, no âmbito da "Reforma geral eclesiástica" empreendida pelo ministro e secretário de Estado, Joaquim António de Aguiar, executada pela Comissão da Reforma Geral do Clero (1833-1837), pelo Decreto de 28 de Maio, promulgado a 30 desse mês, foram extintos todos os conventos, mosteiros, colégios, hospícios e casas de religiosos de todas as ordens religiosas, ficando as de religiosas, sujeitas aos respectivos bispos, até à morte da última freira, data do encerramento definitivo.

Palácio
Há quem defenda que a obra se construiu por vias de uma promessa feita relativa a uma doença de que o rei padecia.

O nascimento da princesa
D. Maria Bárbara determinou o cumprimento da promessa. Este palácio e convento barroco domina a vila de Mafra.

Foi classificado como
Monumento Nacional em 1910 e uma das Sete Maravilhas de Portugal a 7 de Julho de 2007.

O trabalho começou a
17 de Novembro de 1717 com um modesto projecto para abrigar 13 frades franciscanos, mas o ouro do Brasil começou a entrar nos cofres portugueses; D. João e o seu arquitecto, Johann Friedrich Ludwig (Ludovice) (que estudara na Itália), iniciaram planos mais ambiciosos.

Não se pouparam a despesas.
A construção empregou 52 mil trabalhadores e o projeto final acabou por abrigar 330 frades, um palácio real, umas das mais belas bibliotecas da
Europa, decorada com mármores preciosos, madeiras exóticas e incontáveis obras de arte.

A magnifica
basílica foi consagrada no 41.º aniversário do rei, em 22 de Outubro de 1730, com festividades de oito dias.

O palácio era popular para os membros da família real, que gostavam de caçar na tapada. Hoje em dia decorre aqui um projeto para a preservação dos
lobos ibéricos.

As melhores mobílias e obras de arte foram levadas para o Brasil, para onde partiu a família real quando das
invasões francesas, em 1807.

O
mosteiro foi abandonado em 1834, após a dissolução das ordens religiosas.

Durante os últimos reinados da
Dinastia de Bragança, o Palácio foi utilizado como residência de caça e dele saiu também em 5 de Outubro de 1910 o último rei D. Manuel II para a praia da Ericeira, onde o seu iate real o conduziu para o exílio.

No palácio pode-se visitar a
farmácia, com belos potes para medicamentos e alguns instrumentos cirúrgicos, o hospital, com dezasseis cubículos privados de onde os pacientes podiam ver e ouvir missa na capela adjacente, sem saírem das suas camas.

No andar de cima, as sumptuosas salas do palácio estendem-se a todo o comprimento da fachada
ocidental, com os aposentos do rei numa extremidade e os da rainha na outra, a 232 m de distância.

Ao centro, a imponente fachada é valorizada pelas torres da basílica coberta com uma
cúpula.

O interior é forrado a mármore e equipado com seis
órgãos do princípio do século XIX, com um repertório exclusivo que não pode ser tocado em mais nenhum local do mundo.

O átrio da basílica é decorado por belas
esculturas da Escola de Mafra, criada por D. José I em 1754, foram muitos os artistas portugueses e estrangeiros que aí estudaram sob a orientação do escultor italiano Alessandro Giusti. A sala de caça exibe troféus de caça e cabeças de javalis.

O Palácio possui ainda dois
carrilhões, mandados fabricar em Antuérpia por D. João V, com um total de 92 sinos que pesam mais de 200 toneladas e são considerados os maiores e melhores do mundo.
[
editar] Biblioteca do Convento de Mafra
Biblioteca do Convento de Mafra
O maior
tesouro de Mafra é a sua biblioteca, com chão em mármore, estantes em estilo rococó e uma coleção de mais de 40.000 livros com encadernações em couro gravadas a ouro, incluindo uma segunda edição de Os Lusíadas de Luís de Camões.

Situada ao fundo do segundo piso é a estrela do palácio, rivalizando em grandiosidade com a Biblioteca da
Abadia de Melk, na Áustria. Construida por Manuel Caetano de Sousa, tem 88 m de comprimento, 9.5 de largura e 13 de altura.

O magnífico pavimento é revestido de mármore rosa, cinzento e branco.

As estantes de madeira estilo rococó, situadas em duas filas laterais, separadas por um varandim contêm milhares de volumes encadernados em couro, testemunhando a extensão do conhecimento ocidental dos séculos XIV ao XIX. Entre eles muitas jóias bibliográficas, como
incunábulos.

Estes volumes magníficos foram encadernados na oficina local, também por Manuel Caetano de Sousa.

Actualmente, o único residente do Palácio é um antigo tipógrafo, de nome Gil Mangens. Descendente de uma família de origem francesa, que chegou a Lisboa no século XVIII por altura da construção do Palácio, na pessoa de um gravador de nome Mangens, devotou, à imagem de seu pai e avô, toda a sua vida ao monumento que o acolhe.

Bibliografia
GOMES, Joaquim da Conceição - Descrição minuciosa do monumento de Mafra, ideia geral da sua origem e construção e dos objectos mais importantes que o constituem.

Segunda edição, correcta e aumentada com muitas notas e com uma notícia de Sintra, seus edifícios e arredores. Imprensa Nacional: 1871.

Wikipedia
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JJ edição fotos

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