COMUNICAÇÃO MARIDO/MULHER
O Marido e a Mulher não se falavam há uns três dias...
Entretanto, o homem lembra-se que no dia seguinte terá uma reunião muito cedo no escritório, e como precisava de se levantar cedo resolveu pedir a mulher para acorda-lo, mas para não dar o braço a torcer, em vez de falar, escreve num papel:
- 'Acorde-me às 06 horas da manhã'
No outro dia, levanta-se e quando olha no relógio são 09:30 h.
O homem tem um ataque e pensa !!! Estúpida!!! Não me acordou...
Nisto olha para a mesa-de-cabeceira e repara num papel no qual está escrito:
- '... São seis horas, levanta-te!!!'
Conclusão: NÃO FIQUE SEM FALAR COM AS MULHERES, elas ganham sempre.
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23 maio 2009
Domingo, 30 de Novembro de 2008 "O Natal que eu quero",
por Daniel Sampaio
Ninguém me pediu opinião, eu sei.
Na escola é costume não ligar muito ao que pensam os alunos.
Mas eu gramo a escola, gosto dos meus amigos e há uma data de
professores que até são fixes.
Ando no 8.º, tenho bué de disciplinas, algumas não dá para entender.
Estudo acompanhado para um gajo de 14 anos? Formação Cívica?
Não percebo bem, é uma coisa de 90 minutos por semana em que o stôr, que é o director de turma (nósdizemos DT), está sempre a mandar vir, a dizer para nos portarmos bem.
Da Matemática não me apetece falar, o stôr tem pouca pachorra para tirar dúvidas.
História é um bocado seca e percebo mal o livro, faço confusão porque não contam a vida dos reis como o meu avô me explicava, por isso estudo para os testes e depois esqueço tudo.
Não, não pensem que venho aqui criticar a escola, já disse que gosto de lá andar.
O problema é que aquilo anda mesmo esquisito, podem crer.
Já o ano passado os stôres andavam às turras com a ministra e apareciam nas aulas chateados, um gajo mandava uma boca e levava logo um sermão, às vezes diziam mesmo para nos queixarmos à ministra, como se chibar fosse coisa que desse jeito.
Mas este ano está bem pior: falamos com os professores nos intervalos, "olá, stôr!" e eles andam mesmo tristes, a minha stôra de Inglês, que eu curto bué, diz que está "desmotivada" e que está farta de grelhas de avaliação e de pensar em objectivos.
Eu de grelhas não percebo nada e, quanto aos objectivos,os meus são divertir-me uma beca e passar o ano, não quero mesmo ficar para trás porque os meus pais dão-me nas orelhas e fico sem os meus amigos, que é uma das coisas porreiras que a escola tem.
Por isso peço a todos que se entendam.
Ver os professores aos berros na rua é uma coisa que eu compreendo, têm todo o direito porque nós às vezes também andamos, o problema é que assim ainda há menos gente a preocupar-se connosco.
Os nossos pais não têm tempo, andam sempre a trabalhar e ficam descansados porque estamos na escola a aprender e a lutar pelo nosso futuro, mas agora a coisa está preta, os nossos stôres estão cansados, o que é mau para nós: quem nos ajuda quando estamos aflitos?
Eu sempre contei com um ou dois dos meus stôres, o ano passado quando me achava um monstro (cheio de borbulhas e a sentir que as miúdas não olhavam para mim) foi a stôra de Português que me chamou no fim da aula e conversou comigo, bastou ela ouvir com atenção e dizer que compreendia o que eu sentia para me sentir muito melhor.
E quando o Tavares disse que se ia matar porque a rapariga com quem andava foi vista a curtir com um gajo qualquer, foi o nosso DT que falou com ele e lhe arranjou uma consulta no psicólogo.
Não percebo nada da guerra dos professores, só sei que deve ser justa porque eles esforçam-se muito, já pensaram no que é aturar a malta, sobretudo alguns que só querem fazer porcaria, põem-se aos berros nas aulas e não obedecem, às vezes até palavrões dizem para os stôres?
Muitos de nós querem aprender, mas o barulho é grande e há muita confusão, há lá gajos, repetentes e isso, que só lá estão porque são obrigados, depois há outros que são de fora e não percebem bem português, outros ainda têm problemas em casa e passam mal, a Vanessa que tem um pai alcoólico e que chora quase todos os dias ainda por cima foi empurrada na aula por um colega que só lá está a armar confusão...
o DT disse que nós devíamos ser responsáveis e que tínhamos de acabar com isso, mas eu acho que a ministra devia era dar força aos professores para serem melhores, o meu pai diz que ela às vezes está certa mas eu não concordo, se vejo todos, mesmo todos os stôres da minha escola contra ela devem ter razão, os professores às vezes erram mas são importantes para nós, precisamos de estudar para ver se nos livramos do desemprego, isso é que é verdade!
Por isso espalhem este mail, façam forward para quem quiserem.
Digam aos que mandam para terminarem com as discussões que já estamos fartos e como na minha escola somos todos contra isso dos ovos (uma estupidez), digam à ministra e aos sindicatos que já chega!
Façam uma escola melhor, ajudem os professores a resolver todos os problemas das aulas (ninguém pode fazer isso em vez dos stôres) e arranjem maneira de nós aprendermos mais, para ver se percebemos melhor o mundo e nos safamos, o que está a ser difícil.
Quem quiser dê opinião, o meu mail é brunovanderley@gmail.com,
sou do8.º E da Escola Básica 2/3 do Lá Vai Um.
Daniel Sampaio.
"O Natal que eu quero".
Público
(revista "Pública"),
30.Novembro.2008.
Google
JJ edição fotos
por Daniel Sampaio
Ninguém me pediu opinião, eu sei.
Na escola é costume não ligar muito ao que pensam os alunos.
Mas eu gramo a escola, gosto dos meus amigos e há uma data de
professores que até são fixes.
Ando no 8.º, tenho bué de disciplinas, algumas não dá para entender.
Estudo acompanhado para um gajo de 14 anos? Formação Cívica?
Não percebo bem, é uma coisa de 90 minutos por semana em que o stôr, que é o director de turma (nósdizemos DT), está sempre a mandar vir, a dizer para nos portarmos bem.
Da Matemática não me apetece falar, o stôr tem pouca pachorra para tirar dúvidas.
História é um bocado seca e percebo mal o livro, faço confusão porque não contam a vida dos reis como o meu avô me explicava, por isso estudo para os testes e depois esqueço tudo.
Não, não pensem que venho aqui criticar a escola, já disse que gosto de lá andar.
O problema é que aquilo anda mesmo esquisito, podem crer.
Já o ano passado os stôres andavam às turras com a ministra e apareciam nas aulas chateados, um gajo mandava uma boca e levava logo um sermão, às vezes diziam mesmo para nos queixarmos à ministra, como se chibar fosse coisa que desse jeito.
Mas este ano está bem pior: falamos com os professores nos intervalos, "olá, stôr!" e eles andam mesmo tristes, a minha stôra de Inglês, que eu curto bué, diz que está "desmotivada" e que está farta de grelhas de avaliação e de pensar em objectivos.
Eu de grelhas não percebo nada e, quanto aos objectivos,os meus são divertir-me uma beca e passar o ano, não quero mesmo ficar para trás porque os meus pais dão-me nas orelhas e fico sem os meus amigos, que é uma das coisas porreiras que a escola tem.
Por isso peço a todos que se entendam.
Ver os professores aos berros na rua é uma coisa que eu compreendo, têm todo o direito porque nós às vezes também andamos, o problema é que assim ainda há menos gente a preocupar-se connosco.
Os nossos pais não têm tempo, andam sempre a trabalhar e ficam descansados porque estamos na escola a aprender e a lutar pelo nosso futuro, mas agora a coisa está preta, os nossos stôres estão cansados, o que é mau para nós: quem nos ajuda quando estamos aflitos?
Eu sempre contei com um ou dois dos meus stôres, o ano passado quando me achava um monstro (cheio de borbulhas e a sentir que as miúdas não olhavam para mim) foi a stôra de Português que me chamou no fim da aula e conversou comigo, bastou ela ouvir com atenção e dizer que compreendia o que eu sentia para me sentir muito melhor.
E quando o Tavares disse que se ia matar porque a rapariga com quem andava foi vista a curtir com um gajo qualquer, foi o nosso DT que falou com ele e lhe arranjou uma consulta no psicólogo.
Não percebo nada da guerra dos professores, só sei que deve ser justa porque eles esforçam-se muito, já pensaram no que é aturar a malta, sobretudo alguns que só querem fazer porcaria, põem-se aos berros nas aulas e não obedecem, às vezes até palavrões dizem para os stôres?
Muitos de nós querem aprender, mas o barulho é grande e há muita confusão, há lá gajos, repetentes e isso, que só lá estão porque são obrigados, depois há outros que são de fora e não percebem bem português, outros ainda têm problemas em casa e passam mal, a Vanessa que tem um pai alcoólico e que chora quase todos os dias ainda por cima foi empurrada na aula por um colega que só lá está a armar confusão...
o DT disse que nós devíamos ser responsáveis e que tínhamos de acabar com isso, mas eu acho que a ministra devia era dar força aos professores para serem melhores, o meu pai diz que ela às vezes está certa mas eu não concordo, se vejo todos, mesmo todos os stôres da minha escola contra ela devem ter razão, os professores às vezes erram mas são importantes para nós, precisamos de estudar para ver se nos livramos do desemprego, isso é que é verdade!
Por isso espalhem este mail, façam forward para quem quiserem.
Digam aos que mandam para terminarem com as discussões que já estamos fartos e como na minha escola somos todos contra isso dos ovos (uma estupidez), digam à ministra e aos sindicatos que já chega!
Façam uma escola melhor, ajudem os professores a resolver todos os problemas das aulas (ninguém pode fazer isso em vez dos stôres) e arranjem maneira de nós aprendermos mais, para ver se percebemos melhor o mundo e nos safamos, o que está a ser difícil.
Quem quiser dê opinião, o meu mail é brunovanderley@gmail.com,
sou do8.º E da Escola Básica 2/3 do Lá Vai Um.
Daniel Sampaio.
"O Natal que eu quero".
Público
(revista "Pública"),
30.Novembro.2008.
JJ edição fotos
21 maio 2009
AS BORBOLETAS
Denise Figueiredo
As borboletas voam
Denise Figueiredo
As borboletas voam
As meninas sonham
Crescem e sonham mais
Se antes o sonho era pequeno
Não passava da porta
Agora vai mais longe
Cada vez mais
Antes sozinha
Antes sozinha
No máximo eramBorboletas, estrelas e coloridos
Agora são sonhos naturais
Vistos desejadosSonhos reais.
Elas podem sonhar
Elas podem sonhar
Porque sabem realizar
São fortes e persistentes
Não acordam enquanto
Seu sonho completo não está
Sozinha ou com alguém
O que importa é sonhar
As borboletas voam quando meninas
Crescem e passam a vida a sonhar
Como águias se debatem
Para o sonho realizar
Pois vira mulher
Mulher que sabe o que quer
Salão Lisboa
Salão Lisboa
Conhecido como “Cinema Piolho”, foi o primeiro recinto especialmente construído para o espectáculo cinematográfico.
Situava-se na Rua da Mouraria, entre as Escadinhas da Saúde,
o Antigo Beco do Cascalho e a Rua das Fontainhas a S. Lourenço.
Este salão pertencia á Empresa Salão de Lisboa, Lda., de Henrique O’Donnell e Victor Cunha Rosa, e abriu as suas portas ao público em 1916, com sessões às quintas-feiras, sábados e domingos.
O público era essencialmente jovem, o que fazia com que os filmes de acção fossem o essencial da sua programação.
Em finais de 1928, iniciaram-se as obras de melhoramento no seu interior, como forma de corresponder às exigências do público e ao aparecimento de novas salas.
Foi em 1932 que se introduziram novas alterações, principalmente na fachada. Até 1972, o Salão Lisboa continua nas mãos da família O’Donnell, altura em que suspende a sua exploração cinematográfica, passando aí a funcionar um armazém de revenda que, no entanto, continuou a manter na frontaria o nome de “Salão Lisboa”.
In cinemasparaiso.
JJ edição fotos
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