11 janeiro 2013

Betty Boop - Mecânica


Betty Boop Mecânica
 
Marfinite, escala 1:50-15 cm - base 5x5 cm - extras: acessórios, pormenores pintura, patines.

O caso de Betty Boop é um grande mistério. Como uma mocinha nascida há mais de oitenta anos ainda nos consegue fascinar tanto? Com a sua enorme cabeça e a sua silhueta voluptuosa, ela não tem de forma alguma as medidas das modelos que fazem sucesso nos nossos dias, e depois dela houve tantas pin-up girls que poderia ter ca ido no esquecimento. Mas não, na realidade, Betty Boop sempre foi considerada uma verdadeira sex-symbol, e a sua imagem continua enfeitando muitos objetos, espelhos, bolsas ou cadernos escolares. Seja colecionando as suas miniaturas ou voltando a ver vários dos seus filmes dos anos 1930, o encanto de Betty continua tocando a todos. Só pode ser o seu estilo! Esse estilo tão peculiar que lhe deram os criadores do estúdio Fleischer, e que não envelheceu de forma alguma. Muitas outras heroínas dos desenhos animados, que não possuíam a mistura de candura e determinação de Betty foram esquecidas há tempos...Mas não a Boop Girl! Betty Cantora http://youtu.be/rI275t9BNJo Vejamos como ela cantou num dueto com a célebre estrela de jazz, Cab Calloway, uma oportunidade para comprovar que Betty tem o ritmo na alma.
 
Desde o começo, Betty Boop manteve uma estreita relação com a música. De facto, seus criadores inspiraram-se na cantora Helen Kane para dar à heroína não somente uma silhueta, mas também um nome. O grande sucesso interpretado em 1928 por Helen Kane, “I Wanna Be Loved by You”, termina com o célebre “Boop boop a doop”. Logicamente, Betty Boop também interpretaria a musiquinha e, além disso, foi descoberta pela primeira vez no palco de um cabaré. Entretanto, os irmãos Fleischer que produziam a série, antes da chegada de Beety já animavam os seus filmes com canções. Realmente, essa foi uma das principais inovações, uma vez que os Fleischer dirigiram desenhos animados musicais muito antes que Walt Disney. Até mesmo devemos a eles a invenção da primeira forma de caraoque em 1924: utilizavam para as sequências cantadas o sistema da “bouncing ball” uma bolinha que aparecia sobre a letra da canção saltando de uma palavra a outra, para que o público pudesse acompanhar o ritmo ao cantar.
 Estrelas convidadas O sistema, que fez sucesso imediatamente, foi utilizado em alguns filmes animados de Betty, especialmente no intitulado “Just a Gigolo 1932” no qual a cantora francesa Iréne Bordoni interpretou pela primeira vez em inglês a famosa canção. Numerosos músicos participaram também na série, e não eram exatamente estrelas menores. Louis Armstrong deus os seus primeiros passos no cinema em “I’ll Be Glad When You’re Dead, You Rascel You, no qual cantava a canção de mesmo nome (não sem dificuldades, já que em 1932 ainda não estava acostumado a cantar diante de uma câmara). Outro gigante do jazz, Cad Calloway também apareceu em três filmes: “Minnie the Moocher” “The Old Man in the Montain” e “Snow-White”.

Nesses filmes, não somente emprestou a sua voz, mas também os seus célebres gestos aos personagens animados (graças a um procedimento inventado por Max Fleischer que permitia transferir para um desenho animado os movimentos gravados por uma câmera). O efeito era impressionante, e contribuiu, junto com os duetos de Cab e Betty para o grande sucesso desses três filmes. Joan Crawford Inesquecível em “Alma em suplício” e “Johnny Guitar” a atriz foi uma das grandes estrelas da MGM durante os anos de 1930, misturando um punho de ferro com luvas de pelica. Embora durante muito tempo alimentasse as duvidas sobre a sua data de nascimento, a atriz nasceu oficialmente no dia 23 de Março de 1905 no Texas. Quando ainda era conhecida pelo seu nome verdadeiro Lucille Le Sueur, a jovem realizou o seu sonho de infância, transformar-se aos 18 anos numa “chorus girl” primeiro em Chicago e depois e Nova York. Entretanto, logo a dança deixou de ser suficiente para ela: também queria ser atriz. Partiu então para Los Angeles, onde conseguiu assinar um contrato com a Metro-Goldwyn-Mayer (MGM). Os responsáveis pelo estúdio, que não gostavam do seu nome, organizaram um concurso numa revista de cinema para lhe arranjarem um pseudónimo: o público dicidiu-se por Joan Crawford.
 
A recém-chegada se conformaria em atuar como figurante nos primeiros filmes, mas continuaria tentando, e ao final de três anos obteria o papel principal de “Garotas modernas” (Our Dancing Daughters, Harry Beaumont 1928) filme que a transformou em estrela.
Betty Boop mecânica A Miniatura Não nos devemos fiar na sua vozinha e na delicada silhueta: Betty era qualquer coisa, menos uma “mulher frágil”. Basta vê-la enfrentar um ogro no filme “The Old Man in the Mountain” ou se transformar em presidenta em “Betty Boop for President”! Negando-se a corresponder aos estereótipos da sua época, Betty pretendia fazer o que tivesse vontade...por exemplo, consertar carros. Claro que não se esquecia de estar sexy enquanto o fazia, e o seu uniforme de mecânica não deixava nada a desejar aos vestidinhos nesse sentido, a ponto de podermos crer que estávamos vendo uma dessas pin-ups que enfeitavam as paredes das oficinas mecânicas...
JJ fotos
SALVAT
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