02 março 2013

Weyher & Richemond 1907

Weyher & Richemond 1907
Pantin, França
Bombeiros de Paris
Sistema Durenne-Krebs - peso do equipamento (versão reduzida) 850 kg - superfície de calefação da caldeira 3,10 m2 - superfície da tela 0,186 m2 - secção da chaminé 0,0176 m2 - pressão máx. admissível 8 kg - tempo necessário para entrar em pressão 10 minutos - número de rotações (variável) 250-320 - vazão teórica por ciclo 2,417 litros - vazão 600-750 L/min.
 metal, escala 1:32-11x7 cm - base 8x15 cm
extras: Diorama, pormenores pintura, vernizes, cavalo, base técnica.
 Esta bomba a vapor parisiense modelo 1888 funcionava conforme o sistema Durenne-Krebs. Especialmente projetada para ser mais leve e dotada de uma superfície de calefação para facilitar o seu uso, essa bomba foi utilizada pelas companhias de bombeiros parisienses que alugavam cavalos para puxá-la até ao local do incêndio.
Vários anos depois, a empresa Weyher & Richemond estabelecida na cidade francesa de Pantin fabricou uma bomba que utilizava o mesmo sistema. No entanto, o equipamento tinha a grande vantagem de ser leve o suficiente para ser carregado manualmente, podendo também ser puxado por cavalos. Essa bomba foi produzida na capa de um manual da editora Roret, onde aparece sendo puxada por bombeiros. O desempenho e a vazão eram notáveis para a época. Pelo mesmo custo da versão maior era possível adquirir dois modelos de dimensões reduzidas, cuja vazão era ainda superior e o consumo de carvão era reduzido pela metade.
O conjunto era engatado num chassi de aço montado em rodas fabricadas totalmente em metal com raios de aço, eixos de bronze e aros muito largos que possibilitavam uma boa movimentação inclusive em terrenos instáveis. Esse tipo de bomba também permitia que cidades de médio porte se equipassem com uma bomba com características entre as antigas bombas manuais (com vazão entre 200 e 300 litros por minuto) e as bombas a vapor tradicionais (que tinham uma vazão entre 1200 e 1500 litros por minuto).
Combater o fogo com fogo
O chassi e o reboque eram fabricados em aço perfilado em U; o chassi ficava apoiado diretamente nas molas do eixo traseiro e na estrutura do reboque. A caldeira e a bomba que eram independentes, ficavam suspensas no chassi entre os dois eixos (a caldeira com três juntas posteriores e o mecanismo da bomba com quatro traves). Feita com tubos para água curvilíneos que chagavam até a grade, a caldeira era vertical com queimador interno e podia ser facilmente desmontada; duas juntas externas, uma sobre a porta e a outra na parte superior, ao lado da chaminé, permitiam remover o queimador. A superfície ativa era composta por cinco séries circulares de 18 tubos de cobre de um milímetro de espessura e 25 milímetros de diâmetro interno.
Manutenção simples
Os tubos desciam verticalmente da parte superior da caldeira e adaptavam-se horizontalmente na borda externa na altura da ligação. Essa estrutura impedia a formação de incrustações calcárias. Os procedimentos de inspeção, limpeza e manutenção dos tubos eram muito fáceis de serem realizados, assim como a limpeza da própria caldeira. Como utilizava pouca quantidade de água em comparação com a sua grande superfície exposta, a bomba podia ser esvaziada sempre que não estivesse em uso, principalmente nos corpos de bombeiros que não dispunham de um sistema de calefação permanente.
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