14 junho 2009

O casulo e a borboleta

Um dia, uma pequena abertura apareceu em um casulo.

Um homem sentou e observou a borboleta por várias horas, atento a como ela se esforçava para fazer com que seu corpo passasse através daquele pequeno buraco.
De repente, pareceu que ela parou de fazer qualquer progresso.

Talvez ela tivesse ido o mais longe que podia e não conseguiria avançar.
Então, o homem decidiu ajudar a borboleta.

Ele pegou uma tesoura e cortou o restante do casulo.

A borboleta saiu facilmente. Mas seu corpo estava murcho, era pequeno e tinha as asas amassadas.

O homem continuou a observar a borboleta porque ele esperava que, a qualquer momento, as asas dela se abrissem e esticassem para serem capazes de suportar o corpo, que iria se firmar a tempo.

Nada aconteceu! Na verdade, a borboleta passou o resto da vida rastejando com um corpo murcho e as asas encolhidas. Ela nunca foi capaz de voar.

O que o homem, em sua gentileza e vontade de ajudar, não compreendia era que o casulo apertado e o esforço necessário para sair dele eram essenciais.

A própria natureza faz com que o fluido do corpo da borboleta vá para as suas asas, de modo a capacitá-la a voar uma vez que tenha se livrado do casulo.

Algumas vezes, o esforço é justamente o que precisamos para crescer.
Se nos fosse permitido passar através de nossas vidas sem quaisquer obstáculos, estaríamos aleijados, incompletos, imaturos.

Nós não seríamos tão fortes como poderíamos ter sido. Nunca poderíamos voar.

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