30 junho 2009





Hummer HX Concept 2008
Street Tuners
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Touros à Corda - Açores




Touro à corda
na Ilha Terceira - Açores - Portugal

http://www.malhanga.com/videosflash/parte.4/index.htm

Veja os 4 videos
...desta tourada eu gosto !!


É a Terceira a única Ilha do Arquipélago Açoriano onde existem criações de gado bravo não havendo terceirense indiferente a qualquer manifestação taurina ou que não goste ou não se interesse por toiros.

Por isto mesmo, é um dos divertimentos mais característicos e preferidos pelo povo da Terceira.

Há na Ilha duas espécies de touradas: as de praça e as de corda.
As primeiras são cópias das touradas portuguesas de redondel; as segundas, o toiro corre pela via pública preso pelo pescoço a uma corda de 80 metros de comprido, na extremidade da qual há seis homens que a seguram, fazendo-o parar quando for preciso.

Estes homens usam camisola de linho e geralmente andam descalços ou de sapatas.

As corridas de toiros à corda, verificam-se em qualquer ponto da Ilha, excepto na cidade e o seu número é ilimitado, começando em Maio e acabando em Outubro.


Há as tradicionais, ou sejam as que se realizam todos os anos sempre nos mesmos lugares e em dia imediato às festas dos impérios, dos padroeiros das freguesias e festas de Santo António, onde o povo à margem da Igreja, se cotiza para as realizar.

Independentemente desta há as ocasionais promovidas por um indivíduo ou grupo de indivíduos, moradores em determinado lugar.
Assim, numa mesma freguesia há várias por ano.

Como número de toiros corridos é de quatro e a duração de tempo para cada um, é de meia hora.
Do segundo para o terceiro toiro, há um intervalo de meia hora e de toiro para toiro, de um quarto de hora.

As touradas começam às quatro da tarde, hora solar, e terminam ao pôr do sol.

Para o pagamento das despesas com as touradas tradicionais -aluguer dos toiros, licenças, jantar dos pastores, foguetes e outras verbas - o dinheiro é dado pelas comissões promotoras das festas, cujas receitas, afinal, provêm de donativos do povo da freguesia, para a realização das mesmas.
Para as touradas ocasionais, reúnem-se diversos indivíduos, que se cotizam entre si, quando não são por um só indivíduo geralmente terceirense rico que vem da América, de visita à família.

As touradas de fama, onde são corridos toiros escolhidos a capricho das melhores criações da Ilha.
Dá-se o nome de arraial ao lugar circunscrito para a tourada.

A extensão é curta, pois em poucos casos excede quinhentos metros lineares e assim tem de ser para não cansar muito o toiro.

Muito antes da corrida, começam a chegar mulheres para tomar lugar nas janelas, muros e balcões das casas para onde foram convidadas.

Cerca da uma hora da tarde chegam os toiros. Há alguns anos duas ou três vacas enchocalhadas - vacas de sinal - com um avanço de cinco minutos, seguiam adiante para anunciar aos transeuntes, que atrás vinha manada de gado bravo à solta.

Os toiros apartados num curral da criação, saiam para a estrada acompanhados de vacas bravas com chocalhos ao pescoço e de pastores, uns atrás, outros adiante, seguidos dos cães de pastor, animais muito ligeiros que prestam enormes serviços no ajuntamento ou tresmalhe dos toiros.

Caminhavam devagar, mas, quando entravam nos povoados, acelerava-se um pouco a marcha para os toiros se não espantarem e tresmalharem à vista das pessoas que apareciam pelas janelas e balcões.

Ao entrarem no arraial, essa marcha convertia-se numa autêntica corrida até chegarem ao toiril, ou seja um lugar reservado, em cerrado ou boca de canada, todo rodeado de armação de tábuas onde se encurralava o gado.

No toiril havia um caixão, recinto onde embotavam o animal e lhe amarravam a corda ao pescoço pelo sistema de laçada.

Hoje os toiros vêm metidos em caixões que são transportados em camionetas e postos em determinado local.
Todo o trabalho assim se simplifica, como é menor o perigo da fuga de algum animal.

Como quer que seja após a chegada dos toiros, o arraial povoa-se mais e mais.
Caminha-se pela estrada, pelo terreiro ou pela canada aos encontrões.

Ranchos de raparigas garridamente vestidas, alegram as janelas, varandas, balcões e muros das casas, como festões de flores.

Os rapazes fazem-lhes frente, falam-lhes de boca pequena e dizem galanteios.

Vendedores ambulantes com cestos de asa, em ambos os braços, vendem tremoços, milho e favas torradas, amendoim e pevides apregoando "Olha a fava nova!... Quintinho!... Olh'ós salgadins! ... "O movimento é intenso e as vendas - de grossos paus dispostos verticalmente a meio das portas, para não deixar entrar o toiro, estão pejadas de gente.

Há tascas improvisadas nas pontas do arraial ou dentro dele em lugar seguro, oferecendo graciosamente como puxavante o molho d'unhas: cozinhado de favas escoadas deitadas em cestos forrados de feitos, de onde as tiram à discrição e, depois de descascadas, as ensopam num único prato com vinagre, sal e massa de malagueta, reduzindo o conteúdo, ao cabo de pouco tempo, a uma massa acinzentada de tanto chafurdarem.

Mas isso não importa e ao grito de "íamos dentro" a tasca mais e mais se enche ao passo que o tasqueiro não tem mãos a medir para encher os copos de vinho de cheiro.

Um foguete atirado do toiril, anuncia que se vai proceder à embolação.
Depois de amarrado o toiro, a corda sai por uma fresta do caixão e os homens da bolsa, começam a estendê-la para um dos lados do arraial em todo o seu comprimento.

Pouco depois um foguete anuncia que vai sair o toiro.
Toda a gente se dispersa atabalhoadamente, encontroando-se, empurrando-se, caindo.

Uns trepam pelos buracos das paredes de pedra solta procurando poiso no cimo destas; outros escalam muros, outros refugiam-se nas vendas, nas tascas, ou na maior parte, procuram os extremos do arraial.

Apenas alguns rapazes já graúdos se deixam ficar no caminho, a certa distância do toiril para verem mais de perto a saída do bicho e poderem capeá-lo.

Então abre-se a porta do caixão e um grande alarido anuncia a saída da alimária, que, numa correria veloz leva adiante de si toda a gente que se encontra no caminho, fazendo igualmente deslocar-se, numa fuga desordenada a massa dos pacatos que na extremidade do arraial se dispunham a ver sossegadamente a corrida ao longe.

Atrás segue a outra massa dos pacatos, da extremidade oposta, que deseja ver o que se passa adiante.

Então o toiro pára e em volta faz-se um terreiro, onde apenas um ou outro mais audaz se afoita a passar correndo em frente ao toiro arremedo de toureiro pelintra; mas precisamente, quando o animal se dispõe a arremeter, logo outro, abanando um casaco o distrai da primeira arremetida e assim por algumas vezes até que o animal toma a querença.
A expectativa é geral.

Os pastores do meio da corda tentam puxar a rês, que já não obedece aos acenos dos que a provocam.

Limita-se a escavar e a rugir, de língua de fora e baba pendente dos beiços.
Então apresenta-se um homem de guarda-sol aberto e cita a alimária a uns metros de distância.

É a sorte de guarda-sol.
Esquiva-se o homem à arremetida, enquanto o toiro desperto, voltando-se em sentido contrário àquele em que ia, leva atrás de si o que era a vanguarda e adiante, o que era a retaguarda, com o que se não contava.

Os homens da bolsa viram a mão e procuram refúgio numa venda ao passo que os do meio da corda se atiram contra as valetas de bruços, à míngua de outro abrigo mais seguro e todos na ânsia enorme, desaustinada, do salve-se quem poder, correm desordenadamente.

Há cambrelas e basta um cair para muitos outros também caírem.


Para as mulheres e para quem está em lugar seguro, há estridências de riso, gargalhadas, vaias, assobios, em esgares de contorsões alvares, mormente quando algum se levanta esfarrapado de bragas à mostra nos fundilhos das calças.

O toiro pára novamente, atónito, ofegante, esbaforido e reverte-se novamente à crença, como eles dizem.

Das portas, das vendas, dos balcões, das varandas, das janelas, atiram-lhe com trapos velhos, batem as palmas e gritam: "Ê toiro"!

O círculo de gente à volta da rês vai apertando, na confiança de animal cansado.

Alguns aproximam-se em corrida veloz e tocam-lhe num galho; outros dão-lhe palmadas na nuca.

Então um pastor do meio da corda, farto de ver "acanalhar o toiro", tenta pôr a corda sobre o lombo do animal e esticando-a atira-lhe uma vardascada violenta que o desperta.

O toiro desperto pela chicotada arremete furioso e lança-se como um raio sobre a multidão enquanto que a corda desenrolando-se e esticando-se pela violência da corrida, atira com uns tantos incautos de encontro à parede ou ao chão em quedas espectaculares, tremendamente ridículas.

Na frente não se contava com a corda falsa nem com este arranque formidavelmente súbito, e um dos fugitivos é colhido e esfrangalhado pelo animal.

Das janelas, balcões e varandas, as mulheres soltam gritos de pavor, numa ânsia de pânico e da multidão levanta-se um clamor imenso.

Homens afoitos correm para o toiro, pegam-lhe de cerneira e conseguem tirar a vítima das hastes do boi, enquanto que outros se agarram ao rabo e à cabeçada da corda para não o deixar arremeter.

Estas colhidas, se na maior parte das vezes são cómicas e até ridículas, outras transformam-se em autênticas tragédias, chegando-se a tirar debaixo do toiro um moribundo ou um cadáver, ao passo que muitos têm sucumbido de lesões adquiridas nestas colhidas.

Mas tais acidentes, trágicos que sejam, não impedem a continuação da tourada e o toiro livre da pega forçada, lá continua a carreira, levando na sua frente uma multidão e arrastando outra.

Por vezes, investe contra a parede de um cerrado, pejada de gente e guinda para a parte de dentro, estabelecendo pânico e confusão.

Uns saltam para fora, e outros inadvertidamente para o cerrado onde o toiro, em campo largo, arremete furiosamente contra tudo e todos, até que o tiram dali, à força de o puxarem pela corda.

Novamente no arraial continuam as peripécias e assim continua o toiro a sua odisseia, até chegar a hora de o meterem novamente no toiríl.

Um foguetão anuncia a recolha do cornúpeto, enquanto cá fora, no arraial o povo comentando as peripécias da corrida diz: "É um bicho de ruspeito"!

Para os restantes toiros os factos repetem-se, mas, a corrida continua com o mesmo interesse e euforia.

fonte (Maria Alice Dias, in "Ilha Terceira", 1982)
in açores.com

Gentileza do amigo António C.
Wikipedia
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26 junho 2009

Café "Piolho" - Porto 100 anos



Café "Piolho"

Comemora os seus 100 anos com tertúlia que abre programa cultural.
O Café Âncora d'Ouro, no Porto, mais conhecido sob o lendário nome de "Piolho", abre este sábado a comemoração dos seus 100 anos com uma tertúlia sobre as lutas estudantis, disse hoje à Lusa o seu proprietário, José António Martins.

In SIC Net.................................................................


Café Piolho

Piolho para os amigos e clientes habituais, o nome originário deste café, um dos mais antigos da invicta, era Âncora D`Ouro.
A funcionar desde 1909, foi rebatizado por estudantes de medicina que acharam o nome Piolho mais apropriado.

Actualmente é uma das referências do Porto, não só pela sua história (que pode ler-se nas mensagens dos estudantes afixadas nas paredes) mas também pelas suas tertúlias.


Café Piolho reabre e regressa às tertúlias
por Joana de Belém24 Março 2006

Fechado há três meses para obras, o centenário Piolho (1909) reabre portas de cara lavada e com vontade de retomar a tradição das tertúlias.

Longe vão os tempos em que os oponentes ao fascismo se reuniam no Piolho, café onde se discutiam ideias e realizavam tertúlias nas noites do Porto.

Local associado aos estudantes universitários, tem como característica fundamental a clientela diversificada e o ambiente informal: ao lado do professor pode estar um aluno, junto ao advogado ou arquitecto o desempregado, a freira que aparece à tarde apanha com o fumo do cigarro do "mitra".

Hoje é a primeiro noite em que o Âncora D'Ouro (nome original do espaço, adulterado pelos estudantes durante os anos 50 que, diz-se, chamavam "piolhice" aos docentes universitários que também frequentavam o café) se apresenta à cidade, mas não para todos.

Apenas na segunda-feira abre para o público em geral, os fiéis habitués de um espaço que deixou e vai continuar a deixar marcas em várias gerações.

Esta noite, a casa entrega-se ao espírito da tertúlia, com convidados como Germano da Silva, Paulo Valadas e Paulo Morais, ex-vice presidente da Câmara do Porto, mas foram muitos outros os que receberam a convocatória para um momento que se pretende espoletador de uma nova dinâmica.

Edgar Gonçalves, um dos proprietários há já 25 anos, cresceu com a casa. "Vim para aqui com 19 anos", corria o ano de 1979, conta ao DN.

Edgar Gonçalves não teve outra vida durante os três meses que duraram as obras.

"Necessitávamos mesmo de melhorar isto em termos de espaço público, o cliente gostava do Piolho como era mas não tínhamos grandes condições de trabalho".

"Mataram o Piolho", ouviu já da boca de alguns clientes que vão passando para ver o andamento das obras.

"Mantive sempre isto meio aberto para que as pessoas pudessem ver o que estava a ser feito", conta Edgar, que faz questão de ressalvar que quis manter a traça do café da Parada Leitão, praça que o acolhe.

O pequeno restaurante deixa de existir, alargando-se o espaço, mas o mobiliário mantém a dimensão característica, embora substituído.

No caso específico das cadeiras foram reproduzidas as originais do Piolho - em madeira, com o assento coberto a pele negra e uma âncora em relevo.

"Tentamos não ferir aquilo de que o cliente gosta."
Edgar Gonçalves lamenta apenas a legislação que não lhes permite manter a esplanada aberta durante o horário do café.

"Comprámos a residencial por cima por causa do barulho, mas temos de retirar as mesas e cadeiras do exterior à meia-noite [a duas horas do fecho do café] e as pessoas amontoam-se no passeio".

*com Sara Novais
in Sapo - Diário Noticias

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Michael Jackson

Michael Jackson

Morreu hoje aos 50 anos uma lenda viva da música.

Editado em 1982, Thriller foi o disco de maior sucesso desde sempre em todo o mundo com mais 140 milhões de cópias vendidas.

Aqui deixo a letra e o Vido Clip Thriller para recordarem.

http://www.youtube.com/watch?v=k3S2AkYUVxk

Thriller
(tradução) KLB
Composição: Michael Jackson


Terror
É quase meia-noite

E algo malígno está te espreitando no escuro
Sob a luz da lua
Tens uma visão que quase pára o seu coração
Tentas gritar
Mas o terror toma o som antes de vc fazê-lo
Começas a congelar
Enquanto o horror olha bem nos seus olhos
Estás paralizando!
Porque isso é o terror, noite de terror
E ninguém te vai salvar
Da besta pronta para atacar
Sabes que é o terror, noite de terror
Estás lutando por tua vida
Numa noite assassina de terror
Escutas a porta bater
E percebes que não há para onde correr
Sentes uma mão fria
E pensas se ainda vais ver o sol
Fechas os olhos
E esperas que seja tudo imaginação
Mas enquanto tudo isso
Escutas a criatura rastejando
A tua hora chegou!
Porque isso é terror, noite de terror
Não há segunda chance
Contra essa criatura de quarenta olhos
Sabes que é terror, noite de terror
Estás lutando pela tua vida
Numa noite assassina de terror
Criaturas da noite chamam
E os mortos começam a andar

E seus desfarces
Não há escapatória
Das presas desse ET dessa vez
(Eles estão abertos)
Esse é o final da sua vida
Eles estão lá para te pegar
Há demónios por todo lado
Eles vão te possuir

A menos que troques seu número
Essa é a hora
Para nós juntos abraçados
Por toda noite
Eu vou te salvar do terror na tela
Vou fazer-te ver
Que isso é terror, noite de terror
Eu posso te assustar mais
Do que um fantasma ousaria tentar
Garota, isso é terror, noite de terror
Então deixa que te abrace forte
E dividir uma noite de terror
Assassina, arrepiante, assustadora
.

YouYube
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20 junho 2009


Por que é que as mulheres demoram tanto tempo quando vão à casa de banho ?

O grande segredo de todas as mulheres a respeito da casa de banho é que, quando eras pequenina, a tua mamã levava-te à casa de banho, ensinava-te a limpar o tampo da sanita com papel higiénico e depois punha tiras de papel cuidadosamente no perímetro da sanita.

Finalmente instruía-te: "nunca, nunca te sentes numa casa de banho pública!"
E depois ensinava-te a "posição", que consiste em balançar-te sobre a sanita numa posição de sentar-se sem que o teu corpo tenha contacto com o tampo.

"A Posição" é uma das primeiras lições de vida de uma menina, importante e necessária, que nos acompanha para o resto da vida.

Mas ainda hoje, nos nossos anos de maioridade, "a posição" é dolorosamente difícil de manter, sobretudo quando a tua bexiga está quase a rebentar.

Quando "TENS" de ir a uma casa de banho pública, encontras uma fila enorme de mulheres que até parece que o Brad Pitt está lá dentro.

Por isso,resignas-te a esperar, sorrindo amavelmente para as outras mulheres que também cruzam as pernas e os braços, discretamente, na posição oficial de, tou aqui tou-me a mijar!.

Finalmente é a tua vez!
E chega a típica "mãe com a menina que não aguenta mais (a minha filhota já não aguenta mais, desculpe, vou passar à frente, que pena!)".

Então verificas por baixo de cada cubículo para ver se não há pernas. Estão todos ocupados.

Finalmente, abre-se um e lanças-te lá para dentro, quase derrubando a pessoa que ainda está a sair.

Entras e vês que a fechadura está estragada (está sempre!);
Não importa, penduras a mala no gancho que há na porta, QUAAAAAL ? Nunca há gancho!!

Inspeccionas a zona, o chão está cheio de líquidos indefinidos e fétidos, e não te atreves a pousá-la lá, por isso penduras a mala no pescoço enquanto vês como balança debaixo de ti, sem contar que a alça te desarticula o pescoço, porque a mala está cheia de coisinhas que foste metendo lá para dentro, durante 5 meses seguidos, e a maioria das quais não usas, mas que tens no caso de !!

Mas, voltando à porta, como não tinha fechadura, a única opção é segurá-la com uma mão, enquanto com a outra baixas as calças num instante e pões-te na posição AAAAHHHHHH finalmente, que alívio mas é aí que as tuas coxas começam a tremer porque nisto tudo já estás suspensa no ar há dois minutos, com as pernas flexionadas, as cuecas a cortarem-te a circulação das coxas, um braço estendido a fazer força na porta e uma mala de 5 quilos a cortar-te o pescoço !

Gostarias de te sentar, mas não tiveste tempo para limpar a sanita nem a tapaste com papel; interiormente achas que não iria acontecer nada, mas avoz da tua mãe faz eco na tua cabeça "nunca te sentes numa sanita pública", e então ficas na posição de aguiazinha, com as pernas a tremer e por uma falha no cálculo de distâncias, um finííííssimo fio do jacto salpica-te e molha-te até às meias !!

Com sorte não molhas os sapatos é que adoptar a posição requer uma grande concentração e perícia.

Para distanciar a tua mente dessa desgraça, procuras o rolo de papel higiénico, maaaaaaaaaaas não hááááá !!!

O suporte está vazio !
Então rezas aos céus para que, entre os 5 quilos de bugigangas que tens na mala, pendurada ao pescoço, haja um miserável lenço de papel, mas para procurar na tua mala tens de soltar a porta ????

Duvidas um momento, mas não tens outro remédio.
E quando soltas a porta, alguém a empurra, dá-te uma trolitada na cabeça que te deixa meio desorientada mas rapidamente tens de travá-la com um movimento rápido e brusco enquanto gritas OCUPAAAAAADOOOOOOOOO !!

E assim toda a gente que está à espera ouve a tua mensagem e já podes soltar a porta sem medo, ninguém vai tentar abri-la de novo (nisso as mulheres têm muito respeito umas pelas outras).

Encontras o lenço de papel !!
Está todo enrugado, tipo um rolinho, mas não importa, fazes tudo para esticá-lo; finalmente consegues e limpas-te.

Mas o lenço está tão velho e usado que já não absorve e molhas a mão toda; ou seja, valeu-te de muito o esforço de desenrugar o maldito lenço só com uma mão.

Ouves algures a voz de outra velha nas mesmas circunstâncias que tu alguém tem um pedacinho de papel a mais?
Parva ! Idiota ! Sem contar com o galo da marrada da porta, o linchamento da alça da mala, o suor que te corre pela testa, a mão a escorrer, a lembrança da tua mãe que estaria envergonhadíssima se te visse assim porque ela nunca tocou numa sanita pública, porque, francamente, tu não sabes que doenças podes apanhar ali, que até podes ficar grávida (lembram-se ??).

Estás exausta!
Quando páras já não sentes as pernas, arranjas-te rapidíssimo e puxas o autoclismo a fazer malabarismos com um pé, muito importante !

Depois lá vais pró lavatório.
Está tudo cheio de agua (ou xixi? lembras-te do lenço de papel), então não podes soltar a mala nem durante um segundo,pendura-la no teu ombro; não sabes como é que funciona a torneira com os sensores automáticos, então tocas até te sair um jactozito de água fresca, econsegues sabão, lavas-te numa posição do corcunda de Notre Dame para a mala não resvalar e ficar debaixo da água.

Nem sequer usas o secador, é uma porcaria inútil, pelo que no fim secas as mãos nas tuas calças, porque não vais gastar um lenço de papel para isso e sais.

Nesse momento vês o teu namorado, ou marido, que entrou e saiu da casa de banho dos homens e ainda teve tempo para ler um livro de Jorge Luís Borges enquanto te esperava.

Mas por que é que demoraste tanto ?
- Pergunta-te o idiota.
Havia uma fila enorme - Limitas-te a dizer.

E é esta a razão pela qual as mulheres vão em grupo à casa de banho, por solidariedade: uma segura-te na mala e no casaco, a outra na porta e a outrapassa-te o lenço de papel debaixo da porta, e assim é muito mais fácil e rápido, pois só tens de te concentrar em manter a posição e "a dignidade".

Obrigada a todas por me terem acompanhado alguma vez à casa de banho e servir de cabide ou de agarra-portas !
Passa isto aos desgraçados dos homensque sempre perguntam querida, por que motivo demoraste tanto tempo na casa de banho ?.
IDIOTAS !

Gentileza do amigo Raul P.S.
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