29 agosto 2012


Renault 3 ton tipo GZ 1920
Autotanque/autobomba
Bombeiros de Auxerre - França

3 ton - comp. 6,28 m - larg. 1,60 m - alt. 2,30 m - Bomba anti-incêndio centrifuga - Difusor dianteiro com caudal de 60 m3 a 6 bares - dois bocais de alimentação de 70 mm - depósito água 5000 litros - carretel porta-mangueira com 70 m x 30 mm Æ - 12 bombeiros e condutor.

Autotanque Renault transformado em autobomba de primeira saída.

No início da década de 1920 o chefe do corpo de bombeiros da cidade francesa de Auxerre solicitou ao governo municipal a aquisição de um veículo de primeira saída. Naquela época, o serviço de combate a incêndios da prefeitura do departamento de Yonne dispunha de poucos veículos, que, na realidade, se resumiam a uma única motobomba portátil.
Ciente da importância de equipar devidamente a cidade, o conselho municipal decidiu estudar quais eram as melhores possibilidades e, paralelamente, o conselho solicitou ao chefe dos bombeiros que apresentasse sugestões.
O tenente Babin sabia que a prefeitura tinha poucos recursos para investir em equipamentos de combate a incêndios e pediu orientações para a empresa Renault. Dessa forma, a solução apresentada pela Renault foi um veículo combinado: um autotanque que poderia se converter em autobomba de primeira saída.

Dois veículos em um? Não muito convencido dessa solução, o tenente Babin recorreu ao capitão Delos, um antigo companheiro de regimento de bombeiros de Paris, em serviço em Lyon.
Delos também não se convenceu:”Jamais poderias contar com esse veículo” respondeu “porque foi feito para circular pelos distintos bairros da cidade.
Tenho a certeza de que no dia em que for necessário utilizá-lo para uma emergência, o veículo estará do outro lado da cidade.
É evidente que se trata de um ótimo veículo de primeira saída: transporta 5000 litros de água, quantidade mais que suficiente para apagar um início de incêndio.
Contudo, essa versatilidade pode sair caro.
Quando o veículo precisar ser utilizado em determinada situação de emergência, poderá estar sendo utilizado de outra maneira em outro local distante e, nesse caso, de nada adiantaria.
Embora custe 55 mil francos, preço aparentemente razoável, é possível adquirir por esse mesmo valor um verdadeiro camião de primeira saída com a possibilidade de alimentar duas grandes lanças de 60 mil litros/hora”

Apesar da opinião desfavorável, o veículo parecia uma boa solução do ponto de vista financeiro, pois serviria como veículo para limpar as ruas da cidade e como carro de bombeiros.
Com esse argumento, os membros da comissão municipal se convenceram definitivamente da aquisição desse modelo proposto pela Renault.
O veículo entrou ao serviço em 1923 pelo preço final de 46.825 francos.
No entanto não possuía um sistema adequado de iluminação para utilização noturna. “Para evitar provocar acidentes à noite, é preciso equipar o carro com o sistema Magondeaux (lâmpada de acetileno).
Alem disso tem que possuir um sistema acústico de dois sons, e determinar por decreto, que em caso de saída, os automóveis reduzam a velocidade e se afastem, deixando livre o centro da rua.
Esta autobomba Renault permaneceu em serviço de 1923 até à década de 1950.

JJ fotos
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