11 agosto 2011

Rotina

Acordou apressada, como todos os dias.
Tomou banho sem sentir a água lavando o corpo, tomou café sem sentir o gosto. Como ter tempo de desfrutar dos pequenos sabores quando a cidade a espera? Pela janela do ônibus tudo passa rápido, às vezes devagar.
O que importa?
Não há tempo nem de notar quem sobe e quem desce, são apenas pernas que passam e braços que se esbarram.
A cidade tem pressa, a vida tem pressa, ela tem pressa... pressa de que? Nem sabe mais, quando se dá conta a rotina já mastigou, engoliu e cuspiu mais um dia de sua vida.

Flávia Saiani
Igor Zenin
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