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É um palácio e mosteiro monumental de estilo barroco localizado em Mafra (Portugal) a cerca de 25 quilómetros de Lisboa.
Foi iniciado em 1717 no reinado de D. João V, em consequência de uma promessa que o jovem rei fizera se a rainha D. Maria Ana de Áustria lhe desse descendência.
Classificado como Monumento Nacional em 1910, foi considerado uma das Sete Maravilhas de Portugal a 7 de Julho de 2007.
Convento
Igreja do Palácio Nacional de Mafra
Em 1715, foi fundado o Convento de Nossa Senhora e Santo António de Mafra, que pertencia à província eclesiástica da Arrábida.
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Teve origem numa comunidade do Hospício do Espírito Santo. Em 1730, sagrada a Igreja de Nossa Senhora e Santo Antônio, junto de Mafra, foi para lá transferida a sobredita comunidade.
Entre 1771 e 1791, por breve de Clemente XIV, de 4 de Julho de 1770, a requerimento do Marquês de Pombal, foi ocupado pelos Cônegos Regulares de Santo Agostinho da Congregação de Santa Cruz de Coimbra; os Franciscanos da Província da Arrábida saíram do Convento de Mafra, em Maio de 1771. Em 1791, os Cônegos Regulares de Santo Agostinho saíram do edifício
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Em 1834, no âmbito da "Reforma geral eclesiástica" empreendida pelo ministro e secretário de Estado, Joaquim António de Aguiar, executada pela Comissão da Reforma Geral do Clero (1833-1837), pelo Decreto de 28 de Maio, promulgado a 30 desse mês, foram extintos todos os conventos, mosteiros, colégios, hospícios e casas de religiosos de todas as ordens religiosas, ficando as de religiosas, sujeitas aos respectivos bispos, até à morte da última freira, data do encerramento d
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Palácio
Há quem defenda que a obra se construiu por vias de uma promessa feita relativa a uma doença de que o rei padecia.
O nascimento da princesa D. Maria Bárbara determinou o cumprimento da promessa. Este palácio e convento barroco domina a vila de Mafra.
Foi classificado como Monumento Nacional em 1910 e uma das Sete Maravilhas de Portugal a 7 de Julho de 2007.
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O trabalho começou a 17 de Novembro de 1717 com um modesto projecto para abrigar 13 frades franciscanos, mas o ouro do Brasil começou a entrar nos cofres portugueses; D. João e o seu arquitecto, Johann Friedrich Ludwig (Ludovice) (que estudara na Itália), iniciaram planos mais ambiciosos.
Não se pouparam a despesas.
A construção empregou 52 mil trabalhadores e o projeto final acabou por abrigar 330 frades, um palácio real, umas das mais belas bibliotecas da Europa, decorada com mármores preciosos, madeiras exóticas e incontáveis obras de arte.
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A magnifica basílica foi consagrada no 41.º aniversário do rei, em 22 de Outubro de 1730, com festividades de oito dias.
O palácio era popular para os membros da família real, que gostavam de caçar na tapada. Hoje em dia decorre aqui um projeto para a preservação dos lobos ibéricos.
As melhores mobílias e obras de arte foram levadas para o Brasil, para onde partiu a família real quando das invasões francesas, em 1807.
O mosteiro foi abandonado em 1834, após a dissolução das ordens religiosas.
Durante os últimos reinados da Dinastia de Bragança, o Palácio foi utilizado como residência de caça e dele saiu também em 5 de Outubro de 1910 o último rei D. Manuel II para a praia da Ericeira, onde o seu iate real o conduziu para o exílio.
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No palácio pode-se visitar a farmácia, com belos potes para medicamentos e alguns instrumentos cirúrgicos, o hospital, com dezasseis cubículos privados de onde os pacientes podiam ver e ouvir missa na capela adjacente, sem saírem das suas camas.
No andar de cima, as sumptuosas salas do palácio estendem-se a todo o comprimento da fachada ocidental, com os aposentos do rei numa extremidade e os da rainha na outra, a 232 m de distância.
Ao centro, a imponente fachada é valorizada pelas torres da basílica coberta com uma cúpula.
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O interior é forrado a mármore e equipado com seis órgãos do princípio do século XIX, com um repertório exclusivo que não pode ser tocado em mais nenhum local do mundo.
O átrio da basílica é decorado por belas esculturas da Escola de Mafra, criada por D. José I em 1754, foram muitos os artistas portugueses e estrangeiros que aí estudaram sob a orientação do escultor italiano Alessandro Giusti. A sala de caça exibe troféus de caça e cabeças de javalis.
O Palácio possui ainda dois carrilhões, mandados fabricar em Antuérpia por D. João V, com um total de 92 sinos que pesam mais de 200 toneladas e são considerados os maiores e melhores do mundo.
[editar] Biblioteca do Convento de Mafra
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O maior tesouro de Mafra é a sua biblioteca, com chão em mármore, estantes em estilo rococó e uma coleção de mais de 40.000 livros com encadernações em couro gravadas a ouro, incluindo uma segunda edição de Os Lusíadas de Luís de Camões.
Situada ao fundo do segundo piso é a estrela do palácio, rivalizando em grandiosidade com a Biblioteca da Abadia de Melk, na Áustria. Construida por Manuel Caetano de Sousa, tem 88 m de comprimento, 9.5 de largura e 13 de altura.
O magnífico pavimento é revestido de mármore rosa, cinzento e branco.
As estantes de madeira estilo rococó, situadas em duas filas laterais, separadas por um varandim contêm milhares de volumes encadernados em couro, testemunhando a extensão do conhecimento ocidental dos séculos XIV ao XIX. Entre eles muitas jóias bibliográficas, como incunábulos.
Estes volumes magníficos foram encadernados na oficina local, também por Manuel Caetano de Sousa.
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Actualmente, o único residente do Palácio é um antigo tipógrafo, de nome Gil Mangens. Descendente de uma família de origem francesa, que chegou a Lisboa no século XVIII por altura da construção do Palácio, na pessoa de um gravador de nome Mangens, devotou, à imagem de seu pai e avô, toda a sua vida ao monumento que o acolhe.
Bibliografia
GOMES, Joaquim da Conceição - Descrição minuciosa do monumento de Mafra, ideia geral da sua origem e construção e dos objectos mais importantes que o constituem.
Segunda edição, correcta e aumentada com muitas notas e com uma notícia de Sintra, seus edifícios e arredores. Imprensa Nacional: 1871.
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Wikipedia
JJ edição fotos
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